Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

UM SÃO JOÃO PERNAMBUTINO (pernambucano nordestino), por João Sávio

Bem à moda e no padrão, como mostra o figurino

Um São João “PERNAMBUTINO”…

Pelo fio da navalha, sem corte nem ferimento

Vou voltar no meu passado, viajar nos pensamentos!…

Foi boa a minha infância, eu me lembro muito bem

Tive boa criação e educação também

Tudo dentro dos conformes, foi assim que eu cresci

Ainda estou lembrado, na escola, certa vez fui convidado, para dançar num bailado

Nada disso me assusta, uma “Quadrilha Matuta”

Num folguedo amimado

Bem marcada e ritmada

Muito bem acompanhado…

Ao som da sanfona concertina, da zabumba, do triângulo e pandeiro

Pertinho d’uma fogueira

Bem no meio do terreiro

Dê um passo à frente

Quem for matuto verdadeiro

Que no passo e no compasso

Num ritmo bem embalado

Os músicos vão se entrosando

Anuncia amistoso que logo mais em seguida o marcador tá chegando !…

Foi grande o alvoroço…

A criançada animada

Feita a escolha dos pares

Logo se mudou os ares

A quadrilha foi formada

Atenção vai começar!…

Grita de lá o marcador com mestria e esplendor

Agora nesse momento… se alinhem por favor!…

Damas à esquerda dos cavalheiros

Se organizem seu matutos… ligeiro!

Atenção… Anavantu…

Agora, anarriê

Cuidado com o alinhamento

Vão dançando pra valer!…

Eu quero contentamento

Agora e todo o tempo

Olha aí o balancê… muita calma nessa hora

Cavalheiro se ajoelhando

Para pedir perdão agora

A dama é quem decide

Com tanto que se entendam e o perdão se realize

Seus lugares… atenção… dançando e fazendo bossa

Agora vão passear

No caminho lá da roça

Vamos em frente meu povo…

Vamos assim continuar

De braço em braço, adiante…

Até a dama, encontrar seu par

Atenção matutada… procurando o seu lugar…

Balancê… mais uma vez

Atenção… isso não é trote

O nosso passeio agora

É na base do galope

Essa dança é muito boa, aproxima e dá sorte

Segurem-se bem com firmeza, comecem logo o galope !…

Galope indo e vindo

Galope tinindo, muito bem agalopado…

Pois logo após a curva

Tem chuva e céu nublado…

Trovejou, relampagueou

E o passeio continuou …

Olha a lama no caminho

Todos pulando o buraco

Retornem aos seus lugares

Vamos passear adiante

Naquilo que mais convêm

Botem lenha na fornalha

Nós vamos andar de trem

Depois que passar o túnel

Vamos muito mais além

Dançando assim… a gente segue batendo palmas…

Nesse baque dançam a quadrilha.

Voltem para os seus lugares

Com meus versos, coreografias e fantasias…

O poeta viaja nos seus sonhos de criança

Revive a sua infância acredita na magia de viver a esperança em criar contudo o seu próprio mundo num dia, assim permitindo e contribuindo… sorrindo..!

 

 

https://culturanordestina.com.br

3 respostas

  1. Não deixar a quadrilha tradicional acabar. Adoro este improviso e erros na coreografia. É o que dá o charme, e nos empolga.
    Olha o Retrato !
    Que esta quadrilha merece!

  2. João… Muito bom seu participar nos contos juninos… Tem revisão no texto a fazer… Porém não tirou a beleza da narração. Parabéns. Amei seu texto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *