Bem à moda e no padrão, como mostra o figurino
Um São João “PERNAMBUTINO”…
Pelo fio da navalha, sem corte nem ferimento
Vou voltar no meu passado, viajar nos pensamentos!…
Foi boa a minha infância, eu me lembro muito bem
Tive boa criação e educação também
Tudo dentro dos conformes, foi assim que eu cresci
Ainda estou lembrado, na escola, certa vez fui convidado, para dançar num bailado
Nada disso me assusta, uma “Quadrilha Matuta”
Num folguedo amimado
Bem marcada e ritmada
Muito bem acompanhado…
Ao som da sanfona concertina, da zabumba, do triângulo e pandeiro
Pertinho d’uma fogueira
Bem no meio do terreiro
Dê um passo à frente
Quem for matuto verdadeiro
Que no passo e no compasso
Num ritmo bem embalado
Os músicos vão se entrosando
Anuncia amistoso que logo mais em seguida o marcador tá chegando !…
Foi grande o alvoroço…
A criançada animada
Feita a escolha dos pares
Logo se mudou os ares
A quadrilha foi formada
Atenção vai começar!…
Grita de lá o marcador com mestria e esplendor
Agora nesse momento… se alinhem por favor!…
Damas à esquerda dos cavalheiros
Se organizem seu matutos… ligeiro!
Atenção… Anavantu…
Agora, anarriê
Cuidado com o alinhamento
Vão dançando pra valer!…
Eu quero contentamento
Agora e todo o tempo
Olha aí o balancê… muita calma nessa hora
Cavalheiro se ajoelhando
Para pedir perdão agora
A dama é quem decide
Com tanto que se entendam e o perdão se realize
Seus lugares… atenção… dançando e fazendo bossa
Agora vão passear
No caminho lá da roça
Vamos em frente meu povo…
Vamos assim continuar
De braço em braço, adiante…
Até a dama, encontrar seu par
Atenção matutada… procurando o seu lugar…
Balancê… mais uma vez
Atenção… isso não é trote
O nosso passeio agora
É na base do galope
Essa dança é muito boa, aproxima e dá sorte
Segurem-se bem com firmeza, comecem logo o galope !…
Galope indo e vindo
Galope tinindo, muito bem agalopado…
Pois logo após a curva
Tem chuva e céu nublado…
Trovejou, relampagueou
E o passeio continuou …
Olha a lama no caminho
Todos pulando o buraco
Retornem aos seus lugares
Vamos passear adiante
Naquilo que mais convêm
Botem lenha na fornalha
Nós vamos andar de trem
Depois que passar o túnel
Vamos muito mais além
Dançando assim… a gente segue batendo palmas…
Nesse baque dançam a quadrilha.
Voltem para os seus lugares
Com meus versos, coreografias e fantasias…
O poeta viaja nos seus sonhos de criança
Revive a sua infância acredita na magia de viver a esperança em criar contudo o seu próprio mundo num dia, assim permitindo e contribuindo… sorrindo..!
Respostas de 3
Não deixar a quadrilha tradicional acabar. Adoro este improviso e erros na coreografia. É o que dá o charme, e nos empolga.
Olha o Retrato !
Que esta quadrilha merece!
Olá… Escritor e artesão João… Amei seu conto junino… Abraço. Colly
João… Muito bom seu participar nos contos juninos… Tem revisão no texto a fazer… Porém não tirou a beleza da narração. Parabéns. Amei seu texto.