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Carta de Bruna Estima Borba para Monteiro Lobato

COLETÂNEA DE MEMÓRIAS – CARTAS A MONTEIRO LOBATO

Querido Monteiro Lobato,

Sei que suas obras têm o mérito de ter encantado gerações de crianças. Fui uma delas. Nasci e vivi até os oito anos em um sítio da zona da mata de Pernambuco. Dessa minha primeira infância recordo que não nos faltava nada, lá havia tudo de que precisávamos. Era acordar bem cedo e havia tanto o que ver e fazer que nem se sentia o tempo passar. Os animais – o galo e suas galinhas, os patos, duas vacas e um boi, o jumento, e o cachorro Trovão criavam um tumulto divertido e trabalhoso. As árvores na entrada da propriedade, o pequeno jardim de minha mãe ao redor da varanda e a plantação lá ao fundo seguindo para as terras do sítio eram, na minha infância, o universo. Em nossa casa havia um único livro, a Bíblia. Ainda assim, nós crianças não podíamos tocá-lo. Ficava em cima do aparador, ao lado da imagem de Nossa Senhora.
Mas em um curto período tudo mudou. Faleceram meu pai e em seguida minha mãe. Eu, minhas irmãs e irmãos fomos distribuídos pelas casas dos parentes. Vim parar no Recife, na casa da tia Mariinha e do tio Eusébio, casados há cerca de dez anos e sem filhos. Lembro de minha chegada tão tímida, levada pela Irmã Bernadete da paróquia de Aliança.
– Essa é sua nova mãe, disse a freira.
O susto foi enorme. Mas tio Eusébio interrompeu aquela fala.
– Bem-vinda, Laura. Essa é sua tia Mariinha e eu sou seu tio Eusébio.
Minha tia adiantou-se para me abraçar.
– Deve estar com fome, coitadinha.
E me levou para uma mesa onde se via um lindo e cheiroso bolo.
– Fiz para você, Laurinha.
Eu não tive nada melhor para dizer, a não ser a frase ingrata:
– O de minha mãe é mais bonito.
Queria repudiar as más palavras da freira. Mas aprendi a amar minha tia no momento em que, pondo uma fatia no prato, respondeu:
– Com certeza, meu bem. Nenhum bolo será nunca melhor que o de nossas mães. Mas esse fiz com muito carinho para você.
Já anoitecia quando a Irmã Bernadete se despediu. Nos dias que havia passado no convento após a morte de minha mãe me esforçara bastante para tomar banho e me vestir sozinha, pentear-me, me arrumando bem direitinho.
Na nova casa havia um quarto somente para mim, um guarda-roupa com gavetas onde guardei o pouco das coisas que havia trazido. Fiz tudo isso com muito cuidado e voltei para a sala.
O jantar seguiu tranquilo e, no final, tia Mariinha disse:
– Vamos dormir, Laurinha?
Nesse momento tio Eusébio se aproximou de mim com um embrulho nas mãos.
– Laura, comprei esse presente para você. Acho que vai gostar.
Desembrulhei e vi o livro, Reinações de Narizinho.
O livro trouxe para perto de mim um mundo imaginário que não me causava nenhuma estranheza: um sabugo de milho que se tornava Visconde me parecia naturalmente possível e, mais que isso, desejável. Um porquinho Marquês, que engraçado! Porém, para além dos maravilhosos relatos eu me via em Emília, a menina que, como eu, não tinha mãe.
Ganhei outros livros seus e os lia com tanto divertimento que sequer sentia o tempo passar: O Saci, Viagem ao Céu, Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Aritmética da Emília, Geografia de Dona Benta, História das Invenções, Dom Quixote das Crianças, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Picapau Amarelo, O Minotauro, A Reforma da Natureza, A Chave do Tamanho e Os Doze Trabalhos de Hércules.
Apesar de ter em Emília minha heroína, eu sequer cogitava em ser levada e malcriada. Não ousava fazer birras ou ser teimosa. Nem me arriscava em desobediências e travessuras. Tampouco era respondona e faladeira. Muito pelo contrário, era naturalmente cordial e atenciosa. Educada e disciplinada. Simpática e estudiosa. Lembro que um dia pus na boca um pedaço de galinha com um pequeno ossinho. Fiquei com tanta vergonha! Não sabia como tirar aquilo da boca, tampouco tive coragem de engolir. Então fiquei durante toda a refeição com aquele osso em um cantinho da bochecha. No final, quando pude me levantar da mesa, fui correndo ao banheiro e cuspi na privada.
Por isso mesmo não era de admirar que Emília fosse um ídolo para mim: falava tudo o que eu calava. Fazia tudo o que eu não me permitia sequer querer fazer. E, sendo uma boneca feita de trapos e recheada de macela, se auto-declarava:
– “Sou a independência ou morte!”
Quando sonhava eu era Emília e então nada me limitava, ninguém me segurava: subia em nuvens para ver de perto as estrelas, colhia mel de abelhas sem ser picada, apanhava pérolas em ostras no fundo do mar, descia pela cratera do vulcão e via, de perto, a lava escorrer por entre meus pés sem me queimar. Emília era meu alter ego e, guardadas as proporções, meu Dr. Hyde. Ia dormir pensando:
– O que vou aprontar nessa noite?
Ao completar dez anos ganhei uma festa de aniversário. Eu, que nunca esperava qualquer agrado, criei coragem e pedi um presente: um retrato de minha mãe, pois me afligia sentir a memória de seu rosto se apagar a cada dia em minha mente. Sabia que chegaria o momento em que não me recordaria mais dela. Meu tio não pôde atender àquele pedido, pois naquele tempo não havia fotos e retratos à vontade como hoje.
Então tia Mariinha me salvou mais uma vez, dizendo:
– Laurinha, me peça um presente.
E eu, esquecendo um pouco a saudade que a cada dia se tornava mais efêmera, pedi com alegria um bolo. Porém, não o bolo que mamãe costumava fazer e que com melancolia estava tão distante, mas o livro comestível inventado por Emília em A Reforma da Natureza. As folhas seriam feitas de bolo e à medida que fossem lidas iriam sendo comidas. Para meu grande contentamento tia Mariinha me fez um bolo usando as assadeiras próprias do bolo de rolo, com a massa bem fininha para assar as camadas que vão sendo enroladas umas sobre as outras com recheio de goiabada. Foram três páginas escritas por minha tia usando o doce de goiaba como tinta, transcrevendo partes dos livros que você escreveu e onde ela também conseguira desenhar o rosto de boneca de Emília e seus olhos de retrós. Cantamos parabéns, comemos as folhas dos livros e eu me senti como se estivesse dentro de uma de suas obras.
Quando estendi a mão para pegar o último pedacinho da folha de bolo escutei, sem que sua voz me causasse nenhum sobressalto, minha mãe dizendo baixinho:
– Feliz aniversário querida.
Já se passaram cinquenta anos daquela data. Ainda tenho seu Reinações de Narizinho guardado comigo e ainda lembro, quando vou ocasionalmente a aniversários, do bolo comestível dos meus dez anos. E ainda me emociono e agradeço a você, querido Monteiro Lobato, por ter tornado minha infância mais feliz, mais fácil, mais infância.

Recife, 02 de abril de 2019
Bruna Estima Borba

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OS COMENTÁRIOS FEITOS NAS POSTAGENS DAS CARTAS SERÃO CONTABILIZADOS PARA EFEITO DE PREMIAÇÃO DE SEUS AUTORES

248 respostas

  1. Emocionante o relato da primeira carta recebida pela Novoestilo, para compor a coletânea de memórias Cartas a Monteiro Lobato. Parabéns, Bruna Borba. Este comentário já está sendo contabilizado para a premiação. Em outubro será feito o levantamento, e as três cartas que tiverem maior número de comentários serão premiadas.

    1. Obrigada Salete, espero que essa iniciativa seja muito bem vinda e profícua. Abraços

        1. Emocionante sua carta, Bruna.
          Parabéns pela sensibilidade e delicadeza ao tratar de um assunto que mexe com todos nós – a perda da Mãe.
          Lobato está muito feliz em saber que lhe ajudou na travessia. Abraço

          1. Obrigada Fátima, fico muito feliz com seu comentário. Sua carta está maravilhosa, parabéns também. Abraços .

      1. Que lindo, me emocionei! Minha infância também foi povoada por esses personagens inesquecíveis!

        1. Olá Renata, fico
          muito feliz quando reencontro leitoras e leitores de Monteiro Lobato, tão importante em nossas vidas. Obrigada pelo comentário. 🥰

      2. Que lindo e emocionante relato! Que maravilhosa prova do poder que tem um livro! Que felicidade termos tido alguém como Monteiro Lobato para fazer a infância mais infância! Capaz de tornar possível a uma criança sonhar e ser, de certa forma, feliz, mesmo tendo sofrido as perdas que Bruna sofreu!

          1. Lindo e emocionante relato; acabei de ler e ainda estou chorando com a emoção proporcionada pelo texto. Continue escrevendo pois é uma das coisas que você faz tão bem. Parabéns.

          2. Parabéns Bruna! Me emocionei e chorei! Encheu o meu coração de nostalgia, também cresci lendo Monteiro Lobato e me divertia com As aventuras no Sitio do Picapau Amarelo! Emília também era a minha favorita. 🙂

      1. Linda carta.
        Cheia de sentimentos e recordações.
        Parabéns, Bruna. Monteiro Lobato deve estar feliz em saber o quanto ajudou a tornar mais feliz a sua infância.

    2. Bruna, amei sua carta. Monteiro Lobato também encheu de sonhos minha infância. Você me trouxe boas recordações.

    3. Que linda carta…além de tudo colocou o bolo de rolo, patrimônio cultural de Recife de uma maneira genial. Parabéns.

    4. Belíssima Bruninha, a sua carta! A sensação que me passa é de que serei a mãe da próxima candidata à Academia Pernambucana de Letras!

    5. Querida Bruna, mais uma vez, encantada com a sua habilidade e doçura ao brincar com as palavras. O universo dos livros infantis é ímpar. Você expressou brilhantemente ter entendido a mensagem de Monteiro ao escrever sua cartinha. Parabéns!

      1. Obrigada Micheline, que comentário lindo, obrigada, que bom que você gostou da carta, uma mistura de fantasia e realidade, assim como os livros de Monteiro Lobato.

          1. Obrigada Julyene, você é um amor, uma aluna e pessoa maravilhosa! E que bom que gostou da cartinha. Beijos e tudo de bom para você.

      2. Obrigada Micheline, que comentário lindo, obrigada, que bom que você gostou da carta, uma mistura de fantasia e realidade, assim como a obra de Monteiro Lobato.

      3. Obrigada Micheline, que bom que você gostou e que a obra de Monteiro Lobato está sendo tão reconhecida. Um beijo da amiga e meu muito obrigada .

    6. Linda carta, a senhora arrasa em tudo o que faz. Cada coisa que passa por ti tem um toque especial. Te adoro, Bruninho. Muitas saudades🥰❤️

      1. Obrigada Vanessa, que bom que você leu e gostou da cartinha. Espero que tenha sido leitora de Monteiro Lobato, autor de uma obra polêmica, mas que teve um papel importante no Brasil e na infância de muitas pessoas. Foi esse lado que tentei retratar. Beijos e obrigada Vanessa.

    7. Parabéns Bruna, lindo conto que me fez viajar em minhas lembranças das leituras dos livros de Monteiro Lobato que encantaram nossa infância.

      1. Obrigada Neyda, que bom que essa cartinha nos ajuda a recordar uma obra tão bonita e importante. Beijos e obrigada pelo comentário.

    8. Bruna Borba: Amei sua carta a Monteiro Lobato. Chorei um rio feliz e saudoso, recordando os livros que foram o idílio e a salvação da minha infância. Obrigada querida, por estas suas palavras e pela linda emoção que me trouxeram.

      1. Obrigada Julie, que bom que consegui trazer de volta um pouco de sua infância. Não queria fazer você chorar, mas sei que essas recordações nos emocionam mesmo. Obrigada e um grande abraço para você.

    9. Querida Bruna, esse seu texto maravilhoso e uma lucidez cristalina, de valor literário incomensurável!
      Parabéns, continue nos presenteado com mais textos de luz literária!
      Forte abraço, prima querida!

      1. Doces lembranças de uma infância cheia de imaginação. Parabéns pela carta!

      2. “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar”. Tal como Monteiro Lobato revelou neste trecho, sua carta faz-nos também voltar a esse momento de nossas vidas. Parabéns!

    1. Bruna, adorei sua carta que me trouxe muitas recordações do meu tempo de menina, também eu uma leitora de Lobato.

      1. Uma linda história e nos remonta a uma feliz e saudosa infância que ficaram nas nossas melhores lembranças. Parabéns Bruna Borba. E obrigada por ser essa pessoa sempre a nos motivar a ler, escrever, estudar!

          1. Que bela carta!
            Emocionante, mas com uma mensagem bastante positiva!
            E a costura com o livro Reinações de Narizinho tornou a carta muito gostosa de ler.
            Parabéns!

          2. Obrigada Margareth, fico muito feliz com seu comentário, obrigada.

  2. Emocionante! Fui literalmente às lágrimas! A escritora retrata um drama pelo qual muitas famílias passavam no século passado: o atendimento à gestante era muito precário e muitas mulheres morriam durante o parto, o que fazia com que os filhos fossem criados separados, distribuídos nas casas de diversos parentes. A meu ver, a história merece ser convertida em filme!

  3. Texto emocionante, coberto de texturas, recheado de saborosas palavras de uma infância que não mais volta. Bela homenagem a este escritor que, tal qual você, pertence a infância deste que vos elogia por tão belo texto.
    Parabéns

    MCestari

      1. Que bela carta!
        Emocionante, mas com uma mensagem bastante positiva!
        E a costura com o livro Reinações de Narizinho tornou a carta muito gostosa de ler.
        Parabéns!

    1. Bruna, fiquei encantada com a história que retrata de forma emocionante o que os livros podem fazer na vida das pessoas.
      Parabéns!! Gratidão pelo texto que humedece nossos olhos e sensibiliza nosso coração.

        1. Bruna, que carta linda. Fiquei emocionada, me remeteu aos tempos de escola, a leitura na biblioteca, as risadas com as travessuras da Emília, Narizinho, Pedrinho e todos os personagens de Monteiro Lobato.
          Parabéns!

          1. Obrigada Patricinha, que bom que você gostou dessa cartinha que está lá atrás, lá na nossa infância. Beijos prima querida e obrigada. 💕💕💕

        2. História linda e muito tocante! Transmitiu com maestria o sentimento da personagem ao leitor, num belo exemplo de que o valor artístico está na capacidade da obra de emocionar quem a experimenta.

          1. Obrigada André, é verdade. Misturei realidade e fantasia, e deu certo. Inicialmente havia pensado em escrever quase que uma crônica , uma carta descritiva da vida e obra desse grande escritor . Mas sem querer a imaginação foi puxando para o outro lado e saiu essa carta mais criativa e sentimental. Um abraço e obrigada.

    1. Obrigada Cristina, que bom que consegui emocionar , para mim Monteiro Lobato é uma fonte de lindas e vivas recordações . Bjs.

    1. Adorei o texto Bruna, além de demonstrar o amor imenso de uma filha por sua mãe, representa também toda a importância de Monteiro Lobato no mundo próprio das crianças. Parabéns!

      1. Olá Márcia, tive mesmo essa intenção quando pensei em escrever uma carta que remetesse à infância, considerando que Monteiro Lobato é um autor principalmente do público infantil. Que bom que você gostou, beijos 😘

  4. Parabéns,Bruna.Excelente texto que, além da justa homenagem a Monteiro Lobato,demonstra o seu grande talento.

  5. Nossa fiquei profundamente emocionada!! Parabéns por tanto sentimento convertido em palavras!!

  6. Bruna, viajei na sua bela carta a Monteiro Lobato.Foi como se estivesse passeando nas descrições que fez.Relembro vagamente o conteúdo de Reinaçôes de Narizinho, desejando que minha memória não estivesse táo perdida no tempo….. Parabéns pela escrita encantadora!

  7. Adorei o texto Bruna, além de demonstrar o amor imenso de uma filha por sua mãe, representa também toda a importância de Monteiro Lobato no mundo próprio das crianças. Parabéns!

  8. Que carta linda, Bruna! Tão rica em detalhes, leva o leitor a uma deliciosa e emocionante viagem no tempo! Uma bela homenagem a Monteiro Lobato! Parabéns!

  9. Que linda carta…além de tudo colocou o bolo de rolo, patrimônio cultural de Recife de uma maneira genial. Parabéns.

    1. Obrigada Laís, que bom que gostou do bolo de rolo, achei engraçado quando reli e fiquei pensando que havia exagerado na imaginação. Obrigada.

  10. Bruna, sua carta emociona e me transporta não somente para o lindo mundo de Monteiro Lobato, como também, me faz sentir a saudade daqueles a quem amamos e dos que são tão caros a mim. Parabéns e gratidão!

  11. Bruna, linda e emocionante carta onde você descreve fatos marcantes de um período de sua infância e faz uma homenagem ao Monteiro Lobato. Parabéns!!!

  12. Me emocionei com a carta de Bruna, que traz a ligação dos livros de Monteiro Lobato, e sobretudo da personagem da Emília, com os acontecimentos e emoções e sentimentos de sua infância. Como os livros a ajudaram a construir pela imaginação um caminho mais livre é retratado com muita sensibilidade e riqueza de detalhes. Adorei!

    1. Que bom Mariana. É verdade, a obra de Monteiro Lobato foi muitíssimo importante em minha infância. Tornou-a mais feliz. Isso me faz ser eternamente grata a esse maravilhoso escritor. Obrigada por seu comentário tão bonito.

  13. Me emocionei com a carta da Bruna para Monteiro Lobato, com as conexões que ela faz entre a leitura dos livros do autor e as suas vivências da infância. Ela redesperta em nós a lembrança da liberdade de imaginação e de expressão que a leitura de Lobato suscitou em nós. Assim como ela, lembro de ter sentido no contato com a Emília, toda uma possibilidade nova de ser e de se expressar se descortinar no meu espírito. O entrelaçamento com os eventos, emoções e sentimentos de sua infância que Bruna faz com as obras de Lobato é capaz de fazer reviver com emoção as conexões que fizemos em nossa própria infância.

  14. Bruna, sua carta ao mestre Lobato nos emociona, transporta-nos para um imaginário feliz e cheio de emoções onde a sinestesia se mostra bastante presente. Obrigada por nos proporcionar essa viagem. Parabéns pela bela carta!

  15. Bruna, querida, você sempre nos surpreende do com seus belos relatos. Bela carta a Monteiro Lobato; Maranhão ficaria muito orgulhoso de ler isso aqui. Beijos!

    1. Obrigada Inezinha, vocês é que me fazem muito feliz com esses comentários tão bonitos. Obrigada.

  16. Que carta incrível e emocionante Bruna! É o tipo do texto que a gente lê e não sente o tempo passar e quando termina a gente diz: já acabou? Suas palavras, repletas de sensibilidade, me fizeram lembrar da minha infância. Teu escrito mostra um estilo gostoso e simples de comunicar as nuances das nossas emoções, a beleza do cotidiano e do universo mágico da infância. Confesso que se trata de um páreo duro para Monteiro Lobato. Só me resta te parabenizar e agradecer por nos brindar com essa pérola.

    1. Amei o seu texto , Bruna. Resgatou memórias afetivas , quando minha avó querida contava as histórias de Monteiro Lobato para mim . Muita sensibilidade , um estilo simples , direto e próprio. Parabéns !!

    2. Obrigada Márcia,
      Fico muito feliz com seu comentário, que bom que você gostou desse meu jeito de escrever, tão simples, mas com meu coração entre a caneta e o papel.
      Muito , muito obrigada .

    3. Obrigada Márcia,
      Fico muito feliz com seu comentário, que bom que você gostou desse meu jeito de escrever, tão simples, mas com meu coração entre a caneta e o papel.
      Muito , muito obrigada .

  17. Que texto fantástico! Numa simplicidade que só gênios conseguem traduzir em palavras estes sentimentos. Quanta riqueza! Quanta beleza! Ué profundo! Meus singelos parabéns.
    Renato (marido de Márcia Estima)

  18. Bruninha querida, Reinações de Narizinho foi meu livro de cabeceira durante boa parte de minha infância. Assim como Laura, sonhava com Emília e todos os outros personagens participando de suas aventuras. O reino das Águas Claras, o príncipe Escamado, dr Caramujo que curou a mudez da Emília … Obrigada querida por trazer de volta lembranças de uma época tão doce de minha vida. A história de Laura tocou meu coração. Um beijo carinhoso,
    Rosa Shibata

    1. Rosa querida, que bom que consegui reavivar um pouco desse maravilhoso escritor que foi Monteiro Lobato, tão importante em nossas vidas. Um beijo e muitas saudades da prima 🥰🥰🥰🥰

  19. Gostei muito do texto, Bruna. Você expôs o sentimento que todos temos com as leituras dos livros de Monteiro Lobato que encantaram nossa infância. Parabéns.

  20. Parabéns, Bruna! Realmente, sua carta me fez voltar aos meus 8 anos de idade (já se vai o tempo). Li toda a obra de Monteiro Lobato, a partir de Reinações de Narizinho, mas, como todo menino com vontade de ser herói, gostei mais dos Doze Trabalhos. Obrigado por me fazer sentir numa época onde líamos aquilo que gostávamos. E torço por sua premiação. Um abraço!

  21. Bruna, que carta sensível e criativa você escreveu… Sua leitura me tocou muito, de tantas maneiras, por tantas referências…
    A mãe que se foi, cedo demais – embora seja sempre cedo pra uma mãe ir embora – deixando os filhos por terminar de criar… A menina que não ousa deixar de ser obediente, comportada. Que não se permite mudar o passo pra não sair da linha reta. Que sequer imagina uma linha que não seja reta…
    A recordação de que, na minha infância também encantada por muitos livros – os de Lobato entre eles, sem dúvida – havia uma inspiração real. Uma prima mais jovem, que morava longe e que eu só encontrava nas férias. Mas tinha o dom de me deliciar como uma personagem dos meus livros, com seu atrevimento infantil, sua irreverência, sua inventividade. Tanto espírito tinha essa minha priminha, loirinha e espevitada. Tenho saudade dela, que cresceu mais parecida com o que eu mesma prometia ser. Onde foi parar minha Emília de carne e osso?
    Monteiro Lobato certamente teria tido muito gosto em receber sua carta, Bruna. E em respondê-la. Eu até imagino a cena. Tive o privilégio de me hospedar numa das fazendas onde o escritor passou a infância, no interior de São Paulo, e que hoje é de propriedade da família de uma amiga. O lugar ainda guarda móveis e objetos que ele deve ter tocado. Eu penso nele ali, sentado na escrivaninha muito polida, escrevendo a pena, pra lhe dizer que seria muito bom recebê-la para uma xícara de café. Mas, “por favor, não esqueça de trazer o bolo de rolo, que aqui não há”…

    1. Que linda essa sua cartinha, Paulinha. Ele certamente também iria adorar receber sua mensagem. E que bom que Monteiro Lobato tornou nossas infâncias tão divertidas. Beijos prima.

  22. Que bom é ser levada, através das suas palavras, ao maravilhoso mundo da imaginação, da aventura, da infância! 😃

  23. E surpreendente a capacidade de Bruna em associar fatos do cotidiano, como passagens da infância, com a obra de Monteiro Lobato, para se comunicar com ele.

  24. Que história linda!!! Especialmente para mim, que comecei minha maravilhosa aventura pelos livros nas páginas de Monteiro Lobato!

    1. Beijos Gabizinha querida, que bom seu comentário. Somos gerações de leitoras e leitores de Monteiro Lobato. 💕💕💕💕💕

  25. Emocionante a carta. Relata as mudanças da vida com muita leveza. Revela a dor transformada em amor. Linda. Parabéns!

  26. Bruninha,
    Que texto “delicioso”.
    Viajei no tempo e relembrei das histórias fantásticas do Monteiro Lobato.
    Quando pequena, me sentia a própria Narizinho 😂, mas a Emília era/é a boneca perfeita.
    Parabéns, beijos
    Liginha

  27. Que lindo, professora! A senhora é um exemplo de sensibilidade! Que honra a minha ter podido aprender como ser (um) humano melhor. Gratidão!

      1. Querida Bruna, que carta linda! Lembrei-me de minha infância em cada palavra. Um carta cheia de detalhes … A proporção que eu lia parecia que eu estava sentindo o perfume da terra umidade, das plantas, dos animais e o aroma do bolo de rolo com sabor de goiabada. Quantas Lembranças! Um forte abraço

        1. Obrigada Sâmia, seu comentário também foi lindo. Que bom que você gostou e que ele trouxe um pouco de sua infância para mais perto de você. Um beijo grande.

  28. Voltei no tempo. Era, não, sou apaixonada pelos livros de Monteiro Lobato. Aos poucos, fui completando a coleção e me deleitava vivendo aquelas aventuras junto com os personagens. O texto de Bruna me fez resgatar memórias e reviver momentos muito especiais da minha infância. Lembranças muito especiais.
    Um grande beijo.

    1. Obrigada Eliane, sei de seu amor pelos livros, que bom seu comentário. Beijos prima querida 🥰🥰🥰🥰

  29. Reinações de Narizinho sempre foi o meu livro favorito na infância.
    Cada um, com a sua vivência de criança, pode desfrutar das histórias de Monteiro Lobato de uma forma diferente. Como nunca morei em uma fazenda, ou sequer numa pequena cidade, tudo o que eu lia era fascinante pois me apresentava um Brasil dentro do Brasil que eu vivia. Um lugar co liberdade, sem tanto asfalto, apartamentos ou carros. Sem mendigos ou sequestradores em potencial.
    Desfrutei na imaginação a infância da paz e da natureza, da liberdade a alimentar a minha imaginação. A Laurinha achou nos livros um personagem que lhe serviu de inspiração por sua personalidade, numa vivência que lhe era mais familiar do que a que então se abria diante de si.
    De todas as formas, sempre tocará os nossos corações e nossas almas. Que muitas crianças tenham acesso a esse tesouro, e que muitos adultos, como Bruna, apresentem depoimentos sensíveis como o que acabei de ler!

    1. Obrigada Mariana, que comentário lindo. Que bom que você gostou e tem tão bonitas recordações de Monteiro Lobato. Beijos e obrigada.

  30. 15/9/2019. As a frequent visitor to Recife – and having come to know many families there – I appreciate the wonderful contribution you have made to inspiring children and captivating their imagination. Parabens. I am pleased to second the motion of special recognition of your talent and literary gifts.

    1. Thank you very much for your comment that demonstrates the importance of Monteiro Lobato’s work around the world.

      1. Sem palavras para expressar cada sentimento que me ocorreu durante a leitura de sua carta Bruna. PARABÉNS!

  31. Querida Bruna, sempre encantada com a sua habilidade e doçura em brincar com as palavras. O universo dos livros infantis é ímpar. Você expressou bem sua familiaridade com as obras de Monteiro Lobato. Linda cartinha❤🎁🎈. Escreva sempre!

  32. Linda carta. História realmente emocionante. Lembrei-me dos meus livros de infância e de como eles abriam portas a um novo mundo. Parabéns, Bruna!

    1. Obrigada Felipe, que bom que você gostou e recordou um pouco da sua infância. Ao longo da vida ela vai ficando cada vez mais distante e nos emocionamos mesmo quando nos reaproximamos através de lembranças como essa. Um abraço para você, tudo de bom e obrigada.

  33. Parabéns Bruna pela linda e emocionante carta. Trouxe-me a lembrança da minha infância e também dos livros de Monteiro Lobato que mamãe me apresentou. Lembrei também de Aliança, terra natal dela, que conheci também na infância pelas estórias que ela e vovó contavam de lá.
    Obrigada por me recordar de tantas coisas maravilhosas!!!

    1. Obrigada Iara, adorei seu comentário e fico feliz por haver trazido para o presente recordações da infância e o laço comum de Aliança, a terra de nossos antepassados. Beijos querida.

  34. Parabéns Bruna pela linda e emocionante carta. Trouxe-me a lembrança da minha infância e também dos livros de Monteiro Lobato que mamãe me apresentou. Lembrei também de Aliança, terra natal dela, que conheci também na infância pelas estórias que ela e vovó contavam de lá.
    Obrigada por me recordar tantas coisas maravilhosas!!!

    1. Obrigada Adonias, que bom que você gostou e que o conto lhe trouxe bonitas recordações. Obrigada.

  35. Ola Bruna, fiquei seu fã. Você é divina em suas palavras, escreve escrevendo. Gostei da carta a Monteiro Lobato e vou repassa_la aos meus alunos do ensino fundamental, escola pública onde leciono aulas. Escola Mercedes Costa, bairro promorar, zona periférica de Teresina, capital do Piauí. Paz e bem!

    1. Obrigada Jorgenei, que elogio maravilhoso você me faz. Fico muito feliz com a possibilidade de leitura por seus alunos, pois acredito que a obra de Monteiro Lobato é importantíssima para nosso país e que deve ser lida considerando-se o aspecto histórico e temporal em que ela está inserida. Fiquei super feliz com seu comentário, que bom! Obrigada e um grande abraço para você.

  36. Amei !!! Lembrei muito da minha infância … Parabéns por compartilhar suas memórias de forma tão generosa.

  37. Parabéns por sua carta.
    Monteiro Lobato está muitíssimo orgulhoso com a nova escritora.

      1. Parabéns Bruna através da sua sensibilidade vc fez recordar as lindas histórias cheia de significado de Monteiro Lobato.

    1. Obrigada Moema, fico super feliz com seu comentário, que bom que você gostou. Obrigada e beijos prima.

  38. Parabéns Bruna. A sua carta a Monteiro Lobato nos emociona e nos revela a sensibilidade, a delicadeza e a imensa criatividade da excelente escritora que é você. Laurinha foi muito feliz ao ser levada a viver com tios carinhosos e sensíveis, que logo a apresentaram ao mágico mundo de Monteiro Lobato, tornando a sua infância mais leve e repleta de encantamentos.

    1. Obrigada Roberta, você conseguiu descrever toda a história da cartinha com tão poucas e precisas palavras. Que bom que você escreve tão bem, como tio Fernando. Beijos querida Roberta, adorei.

  39. Prezada Bruna, Tive acesso a sua carta ao nosso escritor Monteiro Lobato , através de uma amiga Chesfiana aposentada , Iara. E me proporcionou retornar às reminiscências da minha infância , onde naquela época nos contentávamos com tão pouco e éramos muito felizes! Parabéns pelo seu dom de escritora !

    1. Obrigada Fátima, fico muito feliz com seu comentário. Iara é minha prima muito querida. Obrigada 😊

  40. Quanta ternura e beleza nesse texto!
    Leio e releio, é só encontro mais motivos para me emocionar!
    Parabéns!!

  41. A palavra que mais caracteriza sua carta, Bruna, é sem dúvida, a EMOÇÃO. Não aquela piegas ou desprovida da razão necessária. Mas a emoção enquanto função da linguagem, E em se tratando do texto Carta, essa característica é o mais importante, já que se quer contar aquilo que se sente. Devido à sinceridade desse gênero textual, não é fácil conter a paixão ou emoção próprias do subjetivismo de quem noticia. Você consegue fazê-lo com facilidade e destreza incomuns. Parabéns!

    1. Obrigada Paulino, com grande alegria recebo seu comentário. Quis transmitir um pouco das emoções da infância e saiu essa cartinha. Fiquei envaidecida com seu comentário. Obrigada.

  42. Bruna, eu não tive a oportunidade de conhecer as historias de Monteiro Lobato na minha infância e apenas visitava os sítios rurais, minha vidinha era bem urbana de Recife. Ao ler sua carta percebi que não conhecer as histórias ainda criança me fez deixar de vivenciar o encantamento infantil e os imaginários .., onde as crianças se identificavam com os personagens, os animais, vegetais, lendas e o cenário… 😘 Laura, apesar de sem pai nem mãe, viveu ML na idade ideal 🤣

    1. Obrigada Renata, muito lindo seu comentário. É verdade, pode-se viver a imaginação e o encantamento em qualquer idade. Beijos e obrigada.

  43. Assim escreveria eu, rasgando meu interior, desnudando minha alma de poeta, se soubesse escrever! Apaixonante, da primeira à última palavra! Amei! Me apaixonei….de novo, por Monteiro Lobato!

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