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Margarete Cavalcanti

Margarete

A fome é uma consequência da má distribuição de renda em uma sociedade capitalista que, ao longo dos anos, cresce, compulsivamente, por meio de problemas econômicos, sociais, geográficos e culturais. É impossível conviver com pessoas em condições miseráveis, com essa desigualdade de acesso à alimentação. Como poderia ignorá-la? É de cortar o coração ver tantas vidas ceifadas, impiedosamente, diante desta realidade: a fome.

Olho para as crianças marginalizadas, que moram embaixo de viadutos, com fome de alimentos, de justiça social e de esperança. Adultos e idosos deitados sobre papelões, com ossos pontiagudos, expondo as costelas, como se fossem fragmentos de estatuetas. Onde está a oportunidade de ter condições mínimas de sobrevivência?

Eu, aqui, no aconchego do meu lar, observando, tristemente, o outro lado do mundo. Sinto fome de um bicho, que grita e se arrasta em busca de justiça. Como saciar a fome da destruição e da desnutrição? Continuarei com o pensamento de que haverá mudanças. Todos terão acesso à educação, saúde, moradia e dignidade, e a consciência de que o caminho é longo, cheio de percalços, mas possível a superações. É necessário ultrapassar os limites das drogas e da criminalidade.

Busco saciar a fome que tanto mata, como também o desejo de que os políticos possam enxergar o quão é necessário um equilíbrio alimentar. Que possamos, juntos, derrocar a fome.

 


Margarete Cavalcanti,

com espírito empreendedor, esteve à frente da empresa Ki-Doçura Festas e Eventos LTDA durante 23 anos. Atualmente, dedica-se à literatura e ao seu projeto Sonhos de Infância. O lançamento de sua primeira obra, o paradidático intitulado “O Jabuti”, se deu no ano de 2018. Recebeu medalhas por incentivo à literatura, venceu a premiação Revelação da Poesia no ano de 2017 e ganhou o troféu Revelação Literária Filantrópica. Foi homenageada no livro “Mulheres que Mudaram a História de Pernambuco” – Ed. 2017 e na Revista Perto de Casa, como exemplo de mulher empreendedora. Participou do concurso de poesias do almanaque artístico e lusófono “Revoada das Artes” com o poema “Natureza”, estando entre as dez melhores. Participou das antologias: ente elas Antologia de Raimundo Carrero e da Antologia “Os 10 Mandamentos” do escritor e jornalista Cássio Cavalcante. É voluntária da Casa de Apoio Acolher com Afeto, onde desenvolve um trabalho de conscientização. Atualmente, dedica-se ao projeto Sonhos de Infância, com o objetivo de resgatar o verdadeiro sentido de ser criança. No período da pandemia, organizou a antologia “À Luz”, onde reuniu 85 escritores de vários Estados, registro este que marcou um “tempo parado”. Participou do livro Carta ao Presidente, do jornalista e escritor Carlos Yeshua. Atualmente, dedica-se à escrita de crônicas e paradidáticos.

14 respostas

  1. Lindas palavras. Retratam uma triste realidade da nossa sociedade. Parabéns por captar a mensagem em seu íntimo.

    1. Obrigada, você acompanha minha trajetória e sabe o quanto primo por uma justiça social de igualdade para todos sem restrições.

    2. Verdade Pericles, precisamos lutar por um Brasil justo para todos os brasileiros.

  2. Triste realidade no mundo atual. Tem que haver iniciativa dos poderes públicos, mas também da sociedade.

  3. Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome. Belo texto

  4. Parabéns pela iniciativa de partilhar a sua preocupação para com os nossos irmãos que estão vivendo em uma situação deplorável. Quiçá pessoas como você iniciem um movimento de conscientização e que possam tomar providências junto aos governantes para darem melhor condição de vida aos mais necessitados.

  5. Parabéns pela sua generosidade e iniciativa com o propósito. de exterminar a fome na sociedade.

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