420m (Sumaúma)
Tombara 420
Era ela a visão da ERA
Era ela a imagem majestosa dos olhos de Deus sobre a terra.
Tornara-se mesa de casa de bacana
Antes fosse banca pra escola
Pois não…
alimentava a vida ostentada de quem nunca plantou.
Engrossou as contas do banco…
que se sentou em centenas de lágrimas.
Roncou tombou caiu.
Como se não houvesse dor;
como se não houvesse rio.
E todo brejo secou,
secou também o Brasil.
Grão
É um menino amarelo, negro, branco, encarnado.
Deslizava geladas cambalhotas.
Sorriso enferrujado.
Vendo refletir nas luzes o nítido inesperado:
– Um copo de coca-cola, um bife acebolado.
Estende a mão pro mundo,
dorme mudo,
acorda calado.
Os dentes rangiam a procura de morder, NÃO a CARNE DA VIDA, MAS o lado PODRE do PODER.
Célia Martins
é poeta, escritora, pintora, atriz, diretora de peças teatrais em espaços alternativos. Dirige o equipamento cultural A CASA do SOL. Olinda-Pernambuco.
Professora da rede municipal de ensino do Recife, formada em Letras/UFPE (Português/Francês), é especialista em Docência no ensino superior, foco no universo indígena, sob o título: EDUCAÇÃO INDIGENISTA, um tema ausente na maioria das escolas de Pernambuco, pesquisadora de línguas indígenas.
Respostas de 3
gostaria de saber se vai ficar a Biografia longe da foto.
Nossaaa Célia!
Escrita revolucionária e bela!
O Gráo numa Era que ser um…já era!
Com a palavra expressamos nossa indignaçao e denunciamos a exploraçáo que precisa ser eliminada!!
parabéns!
Ivanilde
Nossaaa Célia!
Escrita revolucionária e bela!
O Gráo numa Era que ser um…já era!
Com a palavra expressamos nossa indignaçao e denunciamos a exploraçáo que precisa ser eliminada!!
parabéns!
Ivanilde