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Adriano Cabral iniciou o Teatro no Arteviva, em 1989, com o professor Valdi Coutinho, responsável por toda uma geração de artistas, sob a coordenação de Lourdes Rossiter em atividade até hoje.
A primeira grande lição na primeira aula de teatro
Valdi: A partir de hoje observem, observem tudo, o ator é um observador nato de tudo ao seu redor.
A partir disto segui.
Fiz vários cursos no Arteviva, todos escondidos da família. Uma grande aventura vivida na adolescência.
Estreei na prova pública com o texto Na Loja de Chapéu, de Karl Valentin, Teatro do absurdo, ao lado da atriz Márcia Cruz.
Seguiram-se vários espetáculos infantis e adultos. Sempre trabalhando com o corpo, atuando em muitas performances, a Dança também foi chamando.
Danças populares, oficinas de contemporâneo, cigana, flamenca.
A escrita sempre presente. Passou a escrever os roteiros das performances. No ano 2000 escreveu e atuou no monólogo Evoé, sobre o próprio fazer teatral. Ganhou prêmio de ator no Festival Nacional de Souza.
Passa a ter contato com a câmera a partir do programa Claquete, da TVU com a direção de Valdir Oliveira. Segue participação em vários vts, documentários, curtas. Destaque para os documentários culturais na Fundaj e sobre Camões.
Ganhou diversos prêmios como ator, local e nacionalmente. Vem atuando em festivais literários, dramatizando obras e participações em recitais.
A poesia sempre presente como grande fonte de inspiração, e expansão do imaginário.
Criou um personagem que ganhou a graça dos pernambucanos, o Manezinho com o seu bordão I arrôiiiiii
Coordena um Coral com pacientes da oncologia do Oswaldo Cruz, o Coral do Amor.
Criou o Frevo sobre Rodas, com cadeirantes, na Cia Cadências.
Ministra oficinas de teatro e monta espetáculos com jovens do Grupo Down+
Sempre atuando em comunidades com a inclusão sociocultural.
Anualmente realiza o Espiritoartelidade, no Teatro de Santa Isabel, numa realização da Comunidade Ramatis, da qual é integrante, onde nasceu a Cia Ciganos de Luz, que realiza apresentação em asilos, hospitais, eventos.
Já circulou por várias capitais do Brasil e outros países, tais como Portugal, Espanha, Panamá, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Peru.
Sempre estou a construir pontes para uma sociedade inclusiva, com amplo e irrestrito acesso aos saberes, aos direitos, em ações humanitárias. Acredito no potencial humano, na capacidade de realizarmos ações para um mundo melhor. Esta construção começa primeiro em nós mesmos, ativando valores como a ética, integridade, respeito, cooperação, e a compaixão.
Primeiro, sensibilizar para o reconhecimento do ser humano enquanto natureza, pois toda nossa formação advém dela. Nossos alimentos brotam da terra, a água que nos mantém vivos vem da terra; fundamental esta consciência. É necessário um esforço de toda a sociedade planetária em relação ao grave e urgente tema do aquecimento global, em ações de curto, médio e longo prazo. Ações que sejam integradas, bem estudadas. E um trabalho bem elaborado de educação ambiental sobre os mais diversos temas para escolas, fábricas, universidades, praças, feiras. Algo que atue como ações preventivas ao cataclismo que pode ocorrer se não cuidarmos da nossa Mãe Natureza.
A Arte amplia o olhar, estabelece a interatividade entre os seres, desperta o sentido crítico e criativo, essenciais a alma humana. É a mais autêntica expressão do ser pensante, que transforma e que possibilita uma revisitação do olhar sobre a vida. A Arte é o respiro, o chamado para a liberdade que a alma humana tanto anseia, é a divina presença em formas, cores, escrita,sons, modelagem no sagrado palco do existir. Arte para todos nós, sempre!!
Ainda muito restrita, pois temos muitos artistas brasileiros com uma grande produção, sem conseguir expor para a sociedade. Muitas cidades não conseguem alcançar o ritmo da criação artística , desta produção intelectual. Precisamos de mais projetos, fomentos, festivais, e valorização da cultura.
Desejo muito realizar um espetáculo sobre a obra de Fernando Pessoa, e expandir o projeto com uma cia de dança que realiza trabalho com os cadeirantes, e também um projeto de teatro para jovens portadores da síndrome de down. E levar a poesia para todos os lugares!!!
Nossa capacidade de se reinventar é imensa, a força que temos de superação é muito incrível. Agora, o que considero fundamental é pensarmos juntos como sociedade planetária, em unidade. A divisão, e a casta dos privilegiados pelo sistema do capital, está sendo colocada em discussão. Precisamos conversar sobre isto, o direito universal a saúde, alimentação, educação.
Educação, eis a palavra que abarca muito a construção deste amanhã.
E o “AMOR , que é a fonte essencial da vida, expressão da beleza e da sabedoria interior”.
https://www.culturanordestina.com.br
Programa Destaque artístico-literário – Ano IV
Coordenação geral: Bernadete Bruto | Coordenação especial: Eugênia Menezes, Raldianny Pereira e Taciana Valença
Realização: Ponto de Cultura Nordestina Letras & Artes
Endereço: Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, Recife-PE
Contatos: (81) 30973927 | 981137126 (WhatsApp)
*Elaborada por Salete Rêgo Barros
