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Fotografia de viagem: eu estive lá e foi assim que vi, por Rivaldo Mafra

“Parece decididamente anormal viajar por prazer sem levar uma câmera fotográfica.”  Susan Sontag

Migrações populacionais e tentativas de registros visuais marcaram os primórdios da humanidade. Por um lado, o deslocamento de populações em busca de novos espaços. Por outro, a partir de dado momento, o registro visual da imaginação e das atividades em cavernas em grutas. Assim, surgia a pintura rupestre.

À medida que essas sociedades foram se organizando, as viagens tomaram os mais diversos propósitos. Entre eles o descobrimento, voltado para ocupação e exploração de recursos naturais, e a necessidade de conhecimento sobre aspectos dos lugares e costumes dos povos. Curiosamente, artistas – desenhistas e pintores – quase sempre participavam das expedições com intuito de registro de coisas e pessoas.

Os registros de outros mundos ganharam nova dimensão com a invenção da Fotografia no primeiro meado do século XIX. Apesar das restrições de ordem tecnológica – tamanho e peso das câmeras, materiais de fixação da imagem e tempo de revelação das fotos -, fotógrafos foram enviados pelas autoridades de países europeus para documentar terras desconhecidas. O interesse de viajar e conhecer esse outro mundo surge, entretanto, a partir do momento que parte mais abastada da população desses países tem acesso às imagens fotográficas. Seria, então, uma aventura conhecer lugares diferentes, alguns com natureza e pessoas exóticas. Estaria aí, o embrião da atual indústria de turismo?

Os avanços tecnológicos das câmeras fotográficas, inclusive o uso do celular, tornaram a prática de fotografar ao alcance de quase todas as pessoas. No turismo atual não poderia ser diferente. Essas fotografias de viagem, quase sempre técnico-artísticas limitadas, atendem aos objetivos de determinado tipo de público. Assim, as pessoas passaram a tirar fotos para documentar os momentos e preservar a memória dos acontecimentos.

Nada impede, entretanto, que surja uma maneira de ver com diferentes propósitos na fotografia de viagens. Para isso é importante inicialmente identificar o significado do lugar da viagem e o que nele provoca expectativas, emoções etc. Por outro lado, ter em mente o que deseja fotografar facilitará a escolha de assuntos e temas. Na ocasião da foto, por sua vez, é fundamental estar atento à fonte de luz que ilumina a cena e seu efeito sobre a aparência da imagem. Mais ainda, imaginação e criatividade são decisivas. Isto implica, entre outras atitudes, encontrar uma combinação da luz com pontos de vista pouco comuns de maneira que a imagem obtida possa despertar e atrair o olhar do espectador.

Enfim, é interessante que as fotos da viagem ressoem sua voz: “eu estive lá e foi assim que vi”.

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2 respostas

  1. Colega e amigo, não sei se vc é agrônomo/ fotógrafo ou fotógrafo/agrônomo, só sei que em ambas profissões vc é muito bom

  2. A partir dos ensinamentos do Professor Rivaldo Mafra, a minha percepção sobre fotografia mudou por completo.
    Saber que a matéria prima de uma foto é a luz, ter noções de composição e se inteirar dos recursos da câmera do celular, fez-me ver um, literal, admirável mundo novo.

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