Gaia, a Terra, é nossa mãe. Nada mais natural que falasse uma mesma língua com seus filhos. Porém, por um capricho da evolução, entre os filhos de Gaia há aqueles que podem falar – nós, humanos – e os que não podem, todos os demais, compondo o quadro da natureza.
Professora de francês, há anos penso acerca de uma linguagem universal, ao menos entre “os que podem falar”. O sonho de uma língua comum deve me fazer, literalmente, uma sonhadora. Mas, como disse John Lennon em Imagine, não sou a única.
O médico polonês, Ludwig Lazar Zamehof criou, em 1887, o esperanto. Seu objetivo era uma língua de fácil compreensão, com uma gramática simples, para que todo o mundo a adotasse como meio comunicativo universal.
Existem falantes de esperanto no mundo todo, com concentrações em países tão diversos como China, Japão, Brasil, Irã, Madagascar, Bulgária e Cuba. Além disso, é possível que existam hoje aproximadamente 1 mil falantes que têm o esperanto como língua materna.
Outro exemplo é a Torre de Babel, construção mencionada no livro de Gênesis, na Bíblia. Esse mito foi usado para explicar o surgimento da diversidade linguística da humanidade e a dispersão dos seres pela Terra. Os historiadores afirmam que a Torre de Babel se tratava de um zigurate, sendo associado a um exemplar construído na Babilônia.
Sonho? Mas, que bonito! Humanos irmanados entre si e com a natureza. Quem sabe, assim, faríamos nossa mãe Gaia, mais feliz?
Fernanda Estima Borba
Professora de francês, é apaixonada pelas línguas e pela capacidade das mesmas línguas de entrelaçar culturas tão diversas.
Participou da coletânea “Fome de quê?” em 2023, e continua associada à Rede de Associados Letras e Artes – LETRART, onde tem o privilégio de apreciar a produção cultural do estado de Pernambuco.
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Parabéns pelo texto. Um ideal sempre presente: harmonia entre todos do nosso planeta. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Parabéns pelo texto. Um ideal sempre presente: harmonia entre todos do nosso planeta.