Plástico
De lixo plástico o mundo tá cheio
Rio, riacho e o mar abarrotado
Todo esse acúmulo demora desmanchar
Espalhando sujeira para todo lado
Vem do petróleo que traz aquecimento
Queima florestas com animais em tormento
Evitem usar e deem destino adequado.
Também é do lixo demorado de sumir
Que os rios da cidade transbordam
Alagam as ruas, entopem os canais
Sem lixo nas ruas, as águas da chuva escoam
Casas sem lama, canais e praia limpa
Uma cidade mais humana se garimpa
Harmonia para todos, versos entoam.
Desabafo
Aqui uma realidade exposta
Misto de ignorância e ganância
Exploração sem cuidado
Celeiro de lixo em abundância
Dos oceanos e mares
Fizemos depósito de dejetos
Tóxicos, radioativos, plásticos…
Ah o plástico! Dele temos entranhados
até em nossos pulmões…
Nos matamos em cada segundo vivos.
Pode nossa arte convencer
O bruto crente, descrente da ciência?
Ser contra o poder financista, belicista,
Higienista, racista e catalisador de morte?
Pode nossa arte ser contra
O ser imundo e descuidado com o lar Terra?
Esta casa a qual queremos viver
e não apenas subsistir.
Marcus André Silva é paulista, nascido em São Paulo, com família de origem pernambucana; mora em Recife desde criança, sendo assim, considera-se cidadão pernambucano. Tem formação em Engenharia Mecânica e é Doutor na área de Oceanografia; ministra aulas de Oceanografia Física e Modelagem Matemática na Universidade Federal de Pernambuco, onde é Professor e desenvolve pesquisa. Atualmente, também se dedica à escrita poética participando das seguintes obras: Antologia Nordestine-se (2023); Brasis (2024), dentre outras.
Instagram: @marcus.oceano
Respostas de 2
Marcos ,sua poesia é científicista e humanista ,por isso mesmo,posto que a ciência para existir planta AMOR no coração dos viventes . Poética pulsante.Vibrante na direção de um olhar de cuidado. Parabéns
Obrigado Célia por sua análise aos meus textos de escrita poética aqui apresentados.