Elas fazem parte da evolução humana. Surgiram há cerca de 10.000 anos, quando o humano primitivo sentiu a necessidade de acondicionar a carne crua de sua caça em pacotes feitos com folhas de árvores. Com a migração das tribos, veio a necessidade do transporte de água e comida em peles, crânios e chifres de animais, e recipientes de argila.
Com o passar do tempo, formatos mais elaborados vão surgindo – cestos de fibras vegetais, vasilhas de argila, bolsas de pele de animais, etc. Os povos indígenas utilizavam formas de barro e o casco de frutas para guardar mantimentos, especialmente o da cabaça.
No primeiro século depois de Cristo, os sírios descobrem que o vidro fundido poderia ser moldado, dando origem a vasilhames ideais para armazenagem de alimentos.
Com a chegada do colonizador ao Brasil, e a abertura dos portos, surgem os sacos de estopa e barris de madeira para acondicionar a colheita, e enviá-la em segurança para Portugal.
Com a revolução industrial, e a necessidade de produção em larga escala, a demanda por embalagens aumenta, assim como o desenvolvimento de técnicas para que elas resistissem ao transporte protegendo o conteúdo.
Com o surgimento dos supermercados, após a segunda guerra mundial, aumenta a necessidade de criação de embalagens de baixo custo, com capacidade de conservar os produtos por longos períodos – papel, papelão, estanho, plástico, alumínio, isopor, etc.
As embalagens tornaram-se imprescindíveis às transações comerciais. As exigências do capitalismo levaram aos questionamentos das funções utilitárias da embalagem, que poderiam ir além das necessidades de conter e proteger o produto. A comunicação contida numa embalagem deveria ser o vetor responsável pelas vendas, induzindo ao desejo de consumo através de estímulos visuais proporcionados pelo design e pela identidade visual, que comunica conceitos e valores do produto.