Quantas fomes pelo mundo: fome de ensinamentos
Relembrando os ensinamentos do meu pai, sacio a saudade. E me alegro ao perceber que guardo na lembrança seus ensinamentos:
Primeiro: buscar responder às perguntas que guiam o homem em sua trajetória: de onde vim? Para onde vou?
Segundo: partilhar com equidade. Entre dois irmãos, é fácil: um parte, outro escolhe.
Terceiro: respeitar as pessoas cujas profissões são consideradas, na nossa sociedade, de menor esforço intelectual. São mestres no que fazem.
Quarto: não ridicularizar as pessoas que não sabem se expressar na língua materna ou que não falam línguas estrangeiras, por falta de acesso à educação.
Quinto: não tentar dirigir ou influenciar as pessoas. Ajudar com projeções prováveis nos vários cenários, deixar a própria pessoa decidir.
Sexto: ser econômico em seu lar, apagar a luz de um cômodo quando sair, não desperdiçar alimentos.
Sétimo: pensar sempre positivamente. Não ser pessimista, mas traçar as consequências das atitudes.
Oitavo: respeitar o descanso do trabalhador. Não incomodar quem está repousando legitimamente após trabalhar.
Nono: atravessar a rua em linha reta. A matemática ensina que a menor distância entre dois pontos é a reta.
Décimo: procurar ser solidário, antecipando-se ao pedido de ajuda.
Fernanda Estima Borba
Professora de Francês, é associada à Rede de Associados Letras e Artes – LETRART, onde procura compartilhar, numa via dupla, como leitora e escritora, elementos do patrimônio cultural do povo brasileiro, especialmente o nordestino de Pernambuco. Possui formação em Direito e Letras, sendo esta sua verdadeira vocação.
Respostas de 2
Importantes, maravilhosos, os ensinamentos compartilhados pela autora Fernanda. Que possam inspirar a vida de todas e todos!
Boa tarde, Fernanda
Bons tempos os dos ensinamentos vindos dos mais velhos; observados respeitosamente, ainda que alguns nos contrariassem, são a base do nosso viver.
Compartilho dessa memória e também sou grata aos que me antecederam.