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Apresentação de Marcos de Andrade Filho, por Leonardo Leão

Marcos Andrade Filho

Destaque artístico-literário de junho/2022 – Marcos de Andrade Filho

Coordenação geral: Bernadete Bruto

 

 

Nascido em 23 de junho de 1982, na Maternidade Oscar Coutinho, no bairro dos Coelhos, na capital pernambucana, filho do servidor público federal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Marcos Antonio Soares de Andrade e da Fisioterapeuta, Esteticista e Pedagoga Etiene da Silva Andrade, Marcos Antonio Soares de Andrade Filho viveu a maior parte de sua primeira infância no bairro de Casa Amarela, na rua Xavantes, onde sua família morava. Entre 1984 e 1987 foi educado numa escola do bairro, demonstrando rápido desenvolvimento da habilidade de leitura e algum pendor para as artes. Sua família se transfere em definitivo para a praia do Janga, na cidade do Paulista-PE. O menino, porém, seguiu para estudar no Colégio Marista do Recife, onde descobriu o amor pela Literatura e pela escrita através das abnegadas mãos dos mestres que teve, dentre os quais os professores Virgínia Lyra, Fátima Lyra, Fátima Santiago, Amaro Tadeu Cavalcanti, Maria do Rosário de Sá Barreto, Rosana Teles Gomes e Robson Teles Gomes. Nessa época, travou contato, ainda adolescente, com alguns ícones da Literatura, da Cultura e do Pensamento pernambucanos. Foi nessa época que, seja na escola, seja na Livraria Livro7, que ficava próxima ao Colégio onde estudava conheceu e escutou atento vozes como as de Jomard Muniz de Britto, Marcus Accioly, Alberto da Cunha Mello, Luiz Marinho, Raimundo Carrero, Ariano Suassuna, Dom Hélder Câmara, Alcides Restelli Tedesco e outros. Do velho casarão da Avenida Conde da Boa Vista saiu para estudar Letras na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Amante das Artes, envolveu-se com os alunos e professores do Departamento de Música e cantou inúmeras vezes com o Coro Universitário da UFPE em apresentações com a Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência dos maestros Fábio Medeiros, Osman Giuseppe Gioia, Maria Aida Barroso e outros. Iniciou sua vida profissional lecionando Língua Portuguesa e Literatura Brasileira na rede particular de ensino do Recife e Região. Entre 2001 e 2017, teve vida bastante ativa no Rotay Club International, do qual receberá mais tarde o Título Paul Harris Fellow e onde fez muitos amigos, dentre eles o médico, escritor e ator Reinaldo de Oliveira, o escritor Alberto Bittencourt que, mais tarde, seria padrinho de suas primeiras núpcias, e vários outros amigos que, de certa forma, despertariam seu interesse pela pesquisa de simbologia maçônica, como André Castello Branco e Pedro Augusto Brasil Oliveira. Em 2005, lança na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco seu primeiro livro de poemas, intitulado “Não Lugar”, publicado pelas Edições Bagaço e com prefácio de Lourival Holanda, seu professor na UFPE e que seria mais tarde presidente da Academia Pernambucana de Letras. No mesmo ano, ingressa como membro ativo da União Brasileira de Escritores, da qual se tornaria, no futuro, Diretor e Vice-Presidente. Conhece o escritor uruguaio Eduardo Galeano de quem se tornou amigo e com quem se correspondeu até a morte de Galeano em 2015. Faz amizade com a escritora Delasnieve Daspet e com o escritor chileno Luis Arías Manzo, que o nomeiam Cônsul do Movimento Internacional Poetas del Mundo na cidade do Recife. Em 2007, é admitido na Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis – AMORC. Em 2008, transferiu-se para Brasília onde estudou outra habilitação em Letras na Universidade de Brasília (UnB) e, paralelamente, atuou como consultor literário em uma das maiores livrarias da capital federal e também trabalhou temporariamente no Ministério do Turismo na área de Turismo Cultural. Foi eleito para a Academia de Letras do Brasil – Seccional Brasília, onde ocupa a cadeira de nº. 2, cujo patrono é o poeta Manuel Bandeira. De volta à terra natal, passou a residir nos bairros da Boa Vista e, depois, nos Aflitos e voltou a lecionar na rede particular de ensino e a empreender como Empresário da Educação em cursinhos particulares de preparação para Vestibulares. Torna-se amigo da escritora e psicóloga judia Esther Sterenberg, motivando-a a escrever uma antologia organizada a partir de um estudo que fez da poesia da amiga baseando-se em numerologia cabalística. Em 2011, é galardoado com o Prêmio Edmir Domingues da Academia Pernambucana de Letras pelo livro de poemas “SPOLLIVM”, como melhor livro de Poesia Inédito de 2011. Ingressou na Academia de Letras do Brasil – Seccional Pernambuco, na qual ocupa a cadeira n°. 4, cujo patrono é o poeta Carlos Pena Filho. Em 2012, nascem-lhe os filhos gêmeos, o casal Marcos Emanuel Mesquita de Andrade e Mel Mesquita de Andrade, de seu casamento com a linguista Rayssa Mesquita. No mesmo ano, com carta de indicação da poetisa Lucila Nogueira, “SPOLLIVM” ganha edital da Editora Universitária da UFPE e é publicado como o 14º volume da Coleção Novos Talentos com prefácio de Bianca Campello. Concorre a uma cadeira na Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro (ALANE), mas é preterido. Em 2014, com o fim do seu enlace matrimonial, Marcos ingressa no curso de Direito da Faculdade Nova Roma, transferindo-o, dois anos mais tarde, para a Faculdade de Direito do Recife da UFPE. Em 2017, publica o livro “Fome Antiga”, com prefácio de Leonardo Leão, e recebe por essa obra o Prêmio Maura de Sena da União Brasileira de Escritores – Seccional Rio de Janeiro. Com a morte do amigo Marcus Accioly decide simbolicamente concorrer à vaga deixada por ele na Academia Pernambucana de Letras, mas, considerando sua presença no pleito apenas uma homenagem, não faz campanha para vencer a eleição. Sofre com uma crise epilética que o deixou por 10 dias no setor neurológico do Hospital Português de Beneficência. No leito do Hospital, escreveu a maior parte do livro “Navios Cargueiros”, que só publicaria em 2021 pela Kotter Editorial, do Paraná. Em 2018, ingressa na Academia de Ópera e Repertório e participa, sob a direção do Maestro Wendell Kettle, juntamente com a Sinfonieta da UFPE, de concertos e óperas no Teatro de Santa Isabel cantando como barítono, preparando as pronúncias do Coro e auxiliando na elaboração e montagem de várias exibições dentre elas o I Festival de Ópera de Pernambuco. Nessa época, restaurou e traduziu libretos de óperas de Euclides Fonseca a partir dos manuscritos que se encontram no Instituto Ricardo Brennand, dentre elas “As donzelas d’honor”, “A Princesa do Catete” e “Il Maledetto”. Escreveu libretos de ópera baseados em grandes obras da literatura brasileira ainda inéditos e sem música, dentre os quais “A Sereníssima República”, a partir da obra de Machado de Assis; “A hora da estrela”, a partir do romance de Clarice Lispector; “O beijo no asfalto”, de Nelson Rodrigues, além de uma bela versão de “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, para ópera. Em 2020, publica pela Amazon seu livro de poemas místicos “Reminiscências de um Legado”, baseado em sua experiência com a obra iniciática “O Legado do Saber”, de Max Guilmot. Trava amizade e vivaz interlocução literária com a professora e escritora Iaranda Barbosa e começa a arriscar as primeiras obras em prosa sob a orientação segura de Raimundo Carrero durante a pandemia de Covid19. Com alma de educador, passa a se dedicar, em 2021, aos estudos de processos escolares e seus filhos se transferem com a mãe para os Estados Unidos. No mesmo ano, a convite de Alexandre Santos, profere palestra sobre os Ecos dos Modernismos na Poesia Brasileira Contemporânea em evento da Universidade do Minho, em Portugal e “Navios Cargueiros” ganha o Prêmio Melhores do Ano da Câmara Brasileira de desenvolvimento Cultural. A Kotter Editorial considera “Navios Cargueiros” um dos representantes da editora para concorrer aos prêmios Oceano, Jabuti, Candango e Alphinsus de Guimaraens da Biblioteca Nacional no ano de 2022. É noivo de Maria Luiza Pereira de Lucena, sua Malu. Fundou a cadeira n°. 45 da Academia Internacional de Literatura e Artes cujo patrono o é seu bisavô o poeta Rosendo Francisco da Silva, conhecido como Rosendo da Gravata. O poeta voltou a residir no Janga, onde mora até a atualidade. No dia 09 de abril de 2022, tornou-se o primeiro aprendiz maçom iniciado oficialmente no Templo da Loja Luz e União – 2736 (GOPE | GOB). Dono de uma poética fortemente imagética e que agencia com grande destreza tradição e inovação, sem perder jamais um olhar atento para o ser humano, o mundo e tudo o que nos cerca e sempre com um domínio genial das potencialidades da nossa Língua, Marcos de Andrade Filho já é, sem dúvida, um dos maiores poetas vivos do Recife e de Pernambuco na contemporaneidade. O tempo o mostrará ao Brasil e ao mundo! O tributo que o Projeto Destaque Artístico-Literário do Cultura Nordestina Letras & Artes presta à poesia de Marcos de Andrade Filho no mês de seus 40 anos de vida não é apenas merecido para o poeta, mas é uma grata oportunidade para que muitos mais saibam da existência dessa verdadeira joia de primeira água de nossas atuais Letras.

Paulista, junho de 2022

 

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