COLETÂNEA DE MEMÓRIAS CARTAS A MONTEIRO LOBATO
Recife, 18 de abril de 2019
Caríssimo Escritor Monteiro Lobato,
Queria muito que pudesse ler essa carta, na verdade preferia que tivéssemos uma conversa, sim, uma conversa dessas de se por os assuntos em dia, falando sem pressa na mesa da cozinha do Sítio do Pica Pau Amarelo, regada com café e tapioca feitos por tia Nastácia. Então eu lhe contaria como fui apresentada ao responsável pelos momentos mais ditosos de minha vida, aqueles em que, deitada sobre um galho de uma frondosa mangueira, deixava-me encantar por sua narrativa cheia de magia.
Saiba, senhor Monteiro Lobato, fui uma criança sonhadora, mas curiosa, que não se contentava em ver uma porta trancada e não se apressasse em abri-la, que via nos livros não um montão de páginas escritas, mas um mundo esperando para ser explorado. Costumava me isolar, sentar em um vão de porta e ficar recordando esse ou aquele capítulo ou personagem de uma história lida. Ah, tantas vezes escutei meu pai alertando cuidado com essa menina que ela está muito quieta deve está tramando alguma coisa…
Certo dia, minha irmã chegou da escola com um livro na bolsa, não era um livro com os quais eu estivesse acostumada, a capa de couro marrom, as pequenas letras douradas no lombo reluzindo tanto que pareciam dançar ante meus olhos sem que eu pudesse detê-las. Que livro é esse nunca o vi por aqui, lógico não é daqui, de onde ele é diz logo, ah não enche, mas eu quero ler também, quando eu terminar de ler eu deixo. Ela enfiou a cara no livro e eu fiquei rondando por ali, tentando ler o título, pois as letras ainda se confundiam em reflexos oscilantes, movidas pelo raio de sol que se infiltrava através da janela ogival que servia para iluminar o pequeno quarto onde dormíamos. Minha Irmã não tardou a se impacientar para com isso deixa de me rondar coisa mais chata.
Alguns dias depois, ela entregou-me o livro é da biblioteca da escola não o deixe por aí a toa e você tem que ler bem rápido que tenho prazo para entregar. E foi por essa porta que entrei em Reinações de Narizinho, outros vieram depois, Caçadas de Pedrinho, Histórias de Tia Nastácia, O Minotauro, a coleção toda. A essa altura, eu já estudava o ginasial e pude me tornar sócia da biblioteca. Não demorei a aprender a lidar com os prazos de empréstimo e renovação dos livros, com o passar do tempo, a pressa de antes foi substituída por uma imensa emoção, um querer interpretar o que havia por trás dos silêncios da narrativa, ser capaz de sentir os cheiros, os sabores, as emoções dos personagens. Quantas vezes me peguei, usando os termos pernósticos e trejeitos de Emília ou adotando o comportamento ponderado de Narizinho, sem falar que me apaixonei pelo herói de todas as reinações que era Pedrinho.
A criança sonhadora que fui cresceu ao redor do mundo de faz de conta, de fadas, feitiços, poderes secretos e magias que fortaleceram a mulher que hoje sou. Sabe, Monteiro Lobato, permita que o trate sem muita cerimônia, afinal não é mais a menina que fala, hoje, percebo que o escritor que pôde mexer com o imaginário infantil de tantas gerações, permeou suas histórias com um imenso preconceito e isso se traduz na maneira com que criou Tia Nastácia, uma mulher corajosa, cheia de amor para dar, mas que se movia dentro do espaço restrito da submissão exigida ao negro pela condição de escravo. E eu me pergunto até que ponto isso contribuiu para fortalecer a intolerância racial dos adultos de hoje. Será que as crianças negras que leram suas histórias sentiram as mesmas emoções que eu?
Voltando no tempo de minhas reminiscências infantis, apesar das reflexões que tanto afligem a adulta de agora, deixo aqui um grande abraço, desejando que essa carta chegue às suas mãos.
Edna Alcântara, Condessa de ***
P S. Abra o envelope sobre uma mesa, em cima de uma folha de papel para não desperdiçar o pó de pirlimpimpim, pedi a Emília para me ajudar na entrega que a carta chega lá chega posso garantir, ela me disse. Apesar de muitos resmungos, permitiu que eu usasse título nobiliárquico dela.
Respostas de 173
Esse texto me fez lembrar a minha infância e a coleção de capa vinho de Monteiro Lobato.
Eu também tive a minha paixão por Narizinho.
Ótimo texto
Que texto lindo. Confesso, aqui, que esqueci um pouco de Monteiro Lobato, mas ao ler essa carta a memória voltou como mágica. Da coleção que tínhamos onde meus pais liam e posteriormente eu mesmo. Ah que raiva do falso gato félix !Temo ter hoje pesadelos com a Cuca.!
Ler este texto maravilhoso me fez conhecer mais um pouco de Edna, ao mesmo tempo que visitei os meus encontros no Sítio. Afinal, qual criança não habitou de forma imaginária aquele local?
Que maravilha de texto! Fez-me voltar ao tempo em que nossos medos eram irreais. Parabéns à autora!
Impossível ao se fechar os olhos não se sentir parte da estória .. Linda carta! Emociona!
Parabéns!
Parabéns pela carta! A vivência da leitura de Monteiro Lobato foi importante para muitas gerações, muitos de nós vivemos muitas aventuras através da leitura dos livros dele.
Minha infância foi regada pelo imaginário concebido pela literatura infantil, deixada por Monteiro Lobato, ele foi o culpado de meus sonhos, pelo meu mundo imaginário. Graças ao célebre escritor de fantásticas obras voltadas ao público infanto juvenil, eu hoje posso dizer que tive uma infância rica e linda, parte de tudo que hoje sou como pessoa, Sr. Monteiro Lobato tem culpa, culpa de me fazer um adulto feliz capaz de ainda cultivar memórias belas, de tempos de outrora. Obrigada ♥️ por me fazer sonhar
Parabéns!!! Lindo trabalho!!!
Tia ,
Gosto muito do sítio do pica pau amarelo.Fiquei muito feliz por que voce escreveu sobre ele.
Ótimo comentário e pertinente sua indagação sobre a percepção das crianças negras, ainda que Monteiro Lobato seja o autor de uma obra que deve ser analisada em um contexto histórico. Parabéns Edna.
Que sensível e sensacional, consigo ouvir a narrativa na voz de Edna.
Muito belo!
Lindo texto. Boas lembranças
Linda carta, deu saudade da minha infância.
Edna! tinha até esquecido como era magnífico o universo de manteiro Lobato, mas com essa bela carta reacendeu uma vontade enorme de entrar de novo no universo do sítio do Pica-Pau amarelo ! Obrigado!!
Edna Alcântara, que viagem encantadora a de sua carta! A identificação brota na sua leitura na gente que viveu a mesma época. Dos livros infantis de Monteiro Lobarto.
Àqueles bem como, os da coleção Tesouro da Juventude, circundado pelos Quatro mundos Encantados de Walt Disney, o da Fantasia, o da Aventura, e outros dois, do qual nem me lembro o nome, foi o meu adiantamento do herança que dei a Teteca, minha neta, que se mudou- para o Canadá e agora tem doze anos. Transplantei-o da minha biblioteca para compor o tesouro hereditário de uma menina curiosa e amante da leitura, como somos nós, eu e você.
Sua carta ao autor, transportada pelo pó de pirlimpimpim foi genial. Na certa emocionou Monteiro Lobato e até Nastácia e levou às crianças do livro ao conhecimento que nossa geração tem hoje, do grande respeito e reconhecimento desse povo maravilhoso de outra cor como a “tia” dos meninos.
Parabéns pela sua criatividade, Edinha!
Que lindo texto, me fez lembrar meus tempos de criança, quando me juntava com primos e amigos para conhecer historias de monteiro lobato, era maravilhoso, depois de ouvir essas historias a gente podia criar um mundo mágico, onde você podia ser o que quisesse. Pude vivenciar momentos incríveis e tive uma infância espetacular 😍
Fiquei encantada Edna, com sua carta! Ao lê-la parecia que estava vendo a cena entre você e sua irmã, quando esta trouxe o livro de letras douradas no dorso, para casa. Comungo com você da mesma inquietação a respeito do possivel preconceito racial que permeia as histórias de Monteiro Lobato. Mas ele continua sendo um marco de nossa literatura, nos encantou na infância e adolescência e continuaria encantando a geração atual não fosse a ação perversa dos atuais celulares e tablets nas mãos das crianças. Parabéns!!!
Ótimo texto Edna!!
Que texto bacana, adorei! E também as reflexões sobre a Tia Anastácia. Um grande abraço.
Excelente!!
Muito bom o texto! Você narrou com muita leveza a mágica da leitura de clássicos infantis, mas sem deixar de fazer uma pertinente reflexão acerca do preconceito em Monteiro Lobato.
Com certeza a melhor carta que já li na minha vida!
Maravilhoso, me levou aos tempos de infância e adolescência quando desfrutava das historias do Monteiro Lobato. Muito obrigado por esse momento Dona Edna Alcântara.
Fui me deleitando com a leitura do texto da nobre Condessa, e ao mesmo tempo fui permeando o olhar nas letras, nas palavras e me perguntando se em algum momento haveria esse tal questionamento, que observei no final do texto acerca do papel do autor Monteiro Lobato sobre o combate à escravidão velada, e que pairava no país, ainda, na falta de autonomia, através da figura de tia Nastácia. Parabéns, nobre escritora, por aprofundar o debate e trazer Monteiro Lobato para mesa das discussões em meio ao século 21.
Parabéns! Edna Alcântara, você conseguiu expressar através do seu comentário, uma visão que demonstra a intimidade com a obra desse grande autor, dialogando com a liguagem figurada dessa obra prima, e ao mesmo tempo, nos transportando a uma viagem no tempo, que envolve e emociona, pela forma como nos projeta ao imaginário contemporâneo.
Parabéns!!Escreveu tudo que eu desejaria escrever.Monteiro Lobato me ensinou muita coisa com seus personagens. Ainda hoje a imagem da ilustra ção de onomatopeia é viva em minha lembrança
Corrigindo:
Ótimo comentário e pertinente sua indagação sobre a percepção das crianças negras, ainda que Monteiro Lobato seja o autor de uma obra que deva ser analisada em um contexto histórico. Parabéns Edna.
Quando eu comecei a ler, a minha memória me trouxe o doce sabor dos bolinhos de chuvas que minha mãe fazia acompanhados com chá mate. Obrigada a escritora por nos presentear com esses belos textos.
Parabéns Edna, texto maravilhoso!
Coisa mais linda… Me senti dentro na carta. Como se eu mesmo estivesse escrevendo-a 💙
Muito legal a cartinha. Tomara que chegue logo!
Belo texto! Me lembra eu é minha irmã assistindo o sítio do picapau amarelo nós amávamos esse desenho,era o único momento que a gente passava juntas e eu amava! Obrigado Edna Alcântara por me fazer lembrar os velhos tempos com minha mana.
Eitaaaaaaaaaaa. velhas lembranças !! Recordações excelentes de uma infância saudável com encantadas histórias. Narizinho, tia Anastácia, saci……………..quantos personagens maravilhosos que despertaram nossa imaginação.
Leitura leve, gostosa. Me senti de volta à casa em que morávamos, quando minha mãe lia para mim e meus irmãos as aventuras de Narizinho, Pedrinho e Emília. Até da Cuca, que me dava medo na época, senti saudades.
D. Edna, parabéns pelo texto, ops, carta!! Me fez recordar tantas emoçoes vividas ao assistir as aventuras de Narizinho e Pedrinho. Admiro sua reflexão e crítica a posição social de tia Nastacia, mulher forte, carinhosa e sábia mas no papel que a sociedade brasileira a imponha! Devemos resistir a tal fato!
Que maravilha de mensagem textual! De sutil a extravagante memória que ativa uma lembrança doce e o cheiro de ser criança, quando voltava da escola “voando” para assistir o sítio do pica pau amarelo! Parabéns autora!
Que delicadeza de carta, me fez viajar. Muito obrigada por compartilhar as lembranças mais lindas ❤️
Carta linda. Parabéns Edna
Que saudades da minha Tereza que na nossa casa era nossa Anastácia :carinhosa , sorridente e nos contava histórias e fazia também nossa doces maravilhosos, com ela a aprendemos a amar pretos e brancos sem . Nossa Anastácia . Fui priviilegiada tive uma Anastácia em casa que nos fazia sonhar com suas lindas histórias.
Concerteza uma das melhores cartas que eu já li na minha vida , e que relembrou a minha infância ❤️queria que todos os adolescentes lê sem essa carta !❤️😄
Texto maravilhoso.
Li bastante Monteiro Lobato e hoje minha filha está lendo.
Já chamei a atenção dela a respeito da questão racial, importante estarmos atentos.
Parabéns!
Que perfeição de escrita. E que imaginário eu criei lendo esse texto. Torço pra que um dia a Senhora e Monteiro Lobato se encontrem em algum plano 😉
Edna, li sua carta a Monteiro Lobato e confesso fiquei deveras emocionada.
Digo isso porquê me fez vivenciar lindos e sonhadores momentos da minha infância e juventude. Sua carta é linda toda recheada de emoção. Seu estilo de escrita é tão limpo, adocicado como mel, sempre linha por linha queremos mais parabéns. Acredito que ele ,Monteiro Lobato de certo ficaria fascinado por lhe oferecer tantas histórias, essas que ficaram para a Eternidade no inconsciente de tantas crianças que sonharam e sonham ainda hoje. Um abraço
Alzira Paiva
Texto lindo ! Senti daqui a magia do pó de pirlimpimpilm✨✨✨
Li e assisti Sítio do Pica Pau Amarelo. Viajei até minha infância nessa carta.
Que lindo Dona Edna! Monteiro Lobato com certeza recebeu está carta e amou!
Claro, com ajuda de Emília tudo fica mais fácil e divertido.
Lindo texto!
Realmente é um texto super encantador e uma carta de “reavivamento”me sentir dentro do texto um texto muito tocante e emocionante relembrando os melhores momentos com esse texto,viajei no tempo lendo essa carta💕😍parabens. Sentir da magia do pó pilimpimpim❤✨adoreei
Parabéns, ótimo texto!
Lindo!! Lembro-me da colação q tínhamos na estante!!com a capa cor de vinho e letras douradas!! Muito obg Mary por ter plantando tão boas lembranças, q me senti dividindo esse café!!!
Lindo!! Lembro-me da colação q tínhamos na estante!!com a capa cor de vinho e letras douradas!! Muito obg Mary por ter plantando tão boas lembranças, q me senti dividindo esse café!!!
Que lindo, amei. Parabéns
Que texto mais lindo e saboroso de se ler. Nunca vi um texto tão rico e significante para os tempos atuais. Parabéns a escritora . Continue nessa linha de pensamento
Sucesso
Espetacular!!!
É uma carta de “reavivamento” da memória popular, da leitura folclórica e pureza graciosa da criança que todos têm dentro de si.
Prezada Edna, belíssimo testemunho da sua infância e da importância da leitura como fomentador da criatividade e do gosto pelas letras. Também tive meus momentos de pirlimpimpim, assim como também um tal Pé de Laranja Lima( J M de Vasconcelos), que era o meu conselheiro diário . Também me emocionei muito quando Éramos Seis( Sra L. Dupré) fez parte de um tempo da minha vida, que se foi prá não mais voltar. Sigamos e em frente sem esquecer as travessuras da Emília, Narizinho e a candura de D Benta e Anastácia.
Que texto lindo. Parabéns.
Simplesmente maravilhoso! Que doce conversa e entusiastica lembrança. É formidável o que um livro pode fazer nas mãos de uma criança, as marcas que nos deixa e impacto na vida adulta. Obrigado, caríssima Edna, por nos brindar com essa história encantadora.
Simplesmente mágica esta viagem ao país de sonhos de Monteiro Lobato.
Bom poder voltar a ser criança de vez em quando.
Obrigada Edna, por nos proporcionar esta emoção.
Que texto maravilhoso!imaginei vcs crianças vivendo tudo isso.Ao mesmo tempo fui levada a imagens de minha infância também..
Adorava assistir ao sítio aos fins de tarde!
Prezada Condessa de ***,
Que carta linda! Quanta emoção!
Tantos sonhos e quantas lembranças.
Parabéns,
Abraços
As observações de Edna Alcântara como sempre, são pertinentes e assertivas, conhecedora do tema, aprofunda-se em arestas que passam despercebidas à maioria de nós e leva a reflexões reveladoras, é como se tivéssemos acesso a uma ressignificação de algo que supostamente já conhecíamos.
Que carta!!
Relembrei todas as histórias de Monteiro Lobato que ilustraram a minha infância .
Linda carta. Lembranças de uma infância gostosa, rodeadas de livros, de imaginação. Viva Edna! Viva Monteiro Lobato!
Belo texto! Me lembra minha infância esse texto lembra muito eu é minha irmã na nossa infância o texto ficou muito muito bom !Edna Alcântara
Um escritor que tenho em minha memória ficar dedilhando suas páginas na sala da casa dos meus pais com o cheiro da biblioteca de tantos outros e uma escritora que resume na maestria o maestro de forma poética e entusiástica que ficará na memória.
Belo texto!!!
Edna,
Adorei sua carta, gostaria de tê-la escrito.
Parabéns e sucesso!
Ubalda
Lindo texto, daqueles que nos permitem viajar e refletir!
Concerteza uma das melhores cartas que eu já li na minha vida , e que relembrou a minha infância ❤️queria que todos os adolescentes lê sem essa carta !❤️😄
Admiro muito os seus textos!!! Você nos inspira a sonhar e perseguir nossos sonhos!
Texto lindo!!!!!!
Um texto que me trouxe boas lembranças, mas também oportunidade de reflexão…uma leitura com gostinho de quero mais…excelente!!!
Concerteza uma das melhores cartas que eu já li na minha vida , e que relembrou a minha infância ❤️queria que todos os adolescentes lê sem essa carta !❤️😄
Uma viagem no tempo. Impossível ler esse texto e não se pegar imaginando e relembrando as histórias que permearam o imaginário infantil de várias gerações. Parabéns, Edna. Sua sensibilidade transborda o texto e nos faz sentir que é possível ser criança mesmo sendo adulto.
Excelente narrativa. Muito lúcida.
Parabéns! Uma linda carta, descrevendo como foi enriquecido o imaginário de cada criança que teve a felicidade de viajar nas obras de Monteiro Lobato. Foii um passeio recheado de doces lembranças e reflexões…
Belo texto Edna, lúcido,detalhado, sensível e repleto de lembranças de nossa infância,. Da época que a fantasia fazia parte de nossas vidas, viajando na leitura deliciosa dos contos infantis de Lobato, no contato com a natureza e na inocência e pureza de uma vida repleta de sonhos e planos. Saudade…
Que linda carta!
Tão rica em detalhes que cheguei a sentir o aroma dos bolinhos de chuva da Tia Nastácia … quão prazerosa e saborosa seria esta conversa…
Edna, li sua carta a Monteiro Lobato e confesso fiquei deveras emocionada.
Digo isso porquê me fez vivenciar lindos e sonhadores momentos da minha infância e juventude. Sua carta é linda toda recheada de emoção. Seu estilo de escrita é tão limpo, adocicado como mel, sempre linha por linha queremos mais parabéns. Acredito que ele ,Monteiro Lobato dê certo ficaria fascinado por lhe oferecer tantas histórias, essas que ficaram para a Eternidade no inconsciente de tantas crianças que sonharam e sonham ainda hoje. Um abraço
Alzira Paiva
Lembrança de uma bela infância.
Sucesso Dona Edna 🙂
que lindo! carta linda!
edna, que delícia o seu texto! me vi também sentada, não ao pé da árvore, mas embaixo da mesa da sala, por horas brincando e lendo gibi! perdi a conta de quantas vezes fiz isso na minha infância. parabéns!
Edna, viajei junto com você.
Que delícia de texto!
Adorei!
Beijos
Que lindo, mágico, poético, daqueles que nos remete a velhas memórias. Parabéns!
Que texto maravilhoso, que coisa linda de se ler. A maneira que foi escrita conseguiu prender minha atenção a todo o momento . Parabéns.
Que carta linda, que nos leva a maravilhosas lembranças!! Parabéns D. Edna!!
Parabéns dona Edna.
Essa carta mostra o quanto a senhora se aprofundou nas obras de Lobato.
Fica aqui minha torcida para que a carta chegue ao seu destinatário.
O texto me levou aos tempos de minha infância. Não acho que Monteiro Lobato deva ser criticado por racismo. A condição de Tia Anastácia faz parte do contexto histórico.
Texto impecável até ao abordar o preconceito de cor, na figura de tia Anastácia.
Reverecio Lobato, eterno, pela capacidade de enternecer e fazer sonhar crianças e adultos.
Mas o que eu queria mesmo era conversar com Emília e obter um pouco do Pó de Pirlimpimpim.
Aí quantas loucuras eu faria!
Texto impecável até ao abordar o preconceito de cor, na figura de tia Anastácia.
Reverencio Lobato, eterno, pela capacidade de enternecer e fazer sonhar crianças e adultos.
Mas o que eu queria mesmo era conversar com Emília e obter um pouco do Pó de Pirlimpimpim.
Aí quantas loucuras eu faria!
Quanta memória afetiva numa carta cheia de significados! Compartilho do mesmo sentimento.
Belíssimo texto, que nos permite regressar ao passado, sonhar, sorrir e refletir sobre nossa evolução ao longo dos tempos.
Meu Deus que texto lindo!
Eu simplesmente fiquei encantada!
Parabéns Edna Alcântara, Condessa de ***
Que lindo!
Um texto tão lindo, tão cheio de sentimentos e memórias, que nos faz sentir parte dele.
D Edna, fui junto com a senhora nesta história encantadora!
Parabéns!!!
Muito lindo, esse texto traz uma sensibilidade que nós faz ir de volta ao passado. Parabéns!
Que lindo texto. Ao ler me senti voltando para minha própria história. Também me encantei com a leitura lendo as obras de Monteiro Lobato. Apresentei o autor aos meus filhos, alunos e mais recentemente a minha neta com O muita alegria. Um grande abraço para autora da carta
Parabéns dona Edna!!! Viajei no tempo lendo sua carta. Amei.
Deus meu!! Voltei pro r3mpo em q corria de volta da escola no fim da tarde pra assistir aos episódios do Sítio do Picapau Amarelo… fui Narizinho e Emília nas imaginações várias vezes, torcia pelo Rabicó, amava Dona Benta como uma avó, e aprendi muito com o Visconde… poxaaa maravilhosa época. Hoje tenho o Livro de Receitas da D Benta… acho q pra me manter um pouco ligada a essa época tão boa.
Nossa , ler esse texto me fez lembrar eu com 5 nos de idade pedindo a minha mãe para ligar o nootbook para assistir o Sítio do Picapau Amarelo , que era o meu desenho favorito . Parabéns Edna Alcântara por esse texto maravilhoso que faria qualquer pessoa se lembrar de sua infância.
Meu Deus! Lendo o texto recordei tb da minha pressa pra voltar da escola, chegar em casa no fim da tarde e assistir todas as aventuras dessa turma… na imaginação, fui Narizinho muitas vezes. Aprendi muito com o Visconde, torcia por Rabicó, amava a paisagem do Sítio, toda magia envolvida… maravilhosa época.
Que lindo! De uma sensibilidade impar!
Um belo texto reflexivo, cheio de leveza e sentimentos.
Edna, muito grata por nos ajudar a lembrar da simples-fantástica alegria que é a descoberta da leitura na infância, principalmente sob o enfoque mitológico de Lobato. Sua carta também nos serve de alerta ao muito que precisamos evoluir quanto a questão do preconceito racial, já que antes ele se mostrava velado e agora vem às escâncaras.
Edna, amei sua carta! Me fez lembrar da minha infância. Do quanto morria de medo do minotauro e do encantamento com a história de Narizinho e príncipe das águas claras.
Que saudade! Obrigada por dispertar toda essa memória e momento lindo da minha infância!
Que texto maravilhoso. Muito lindo e com um sentimento de saudade muito bom. Adorei ler. Parabéns!
Parabéns, Edna! Bela carta, cheia de lembranças boas!
Edna eu nao consegui entra para escrever à minha carta. Queria dizer que Monter Lobato viajou n’as minhas malas quando vim aqui para a France em 1967. Toda à colega ( infancia e adultos). Eu sempre meio os livro para mim para as criancas e d’où lices de lingua brasileira utilizando-os como base da Cultura brasileira. Ainda mais, n’a eleicao do présidente Obama nos USA religion com prazer o livro de Lobato: O présidente negro e a on da verde, uma verdadeiro profecia escrito por ele em torno dos anos 1930. Tudo isso e muito mais porque aprendi com o meu pai José Sergio de Alcantara à aprecio e a valorisation esse autor.
Desculpe pelos erros (correcoes do Google) m’as espero que voce compreendeu.
Belíssimo texto! Me senti de volta à minha saudosa infância no engenho de meu avô. Parabéns!
Que texto maravilhoso! Obrigado por estas palavras de puro sentimento.
Edna, amei sua carta! Me fez lembrar da minha infância. Do quanto morria de medo do minotauro e do encantamento com a história de Narizinho e príncipe das águas claras.
Que saudade! Obrigada por dispertar toda essa memória e momento lindo da minha infância!
Parabéns!
A carta me fez reviver um passado de uma infância muito feliz. Parabéns, Edna.
Sensacional!!
Maravilhosa!!!!!
Que legal, Edna! Muito bom o seu texto!
Belo texto! Me lembra eu é minha irmã assistindo o sítio do picapau amarelo nós amávamos esse desenho,era o único momento que a gente passava juntas e eu amava! Obrigado Edna Alcântara por me fazer lembrar os velhos tempos com minha mana.
Lindas palavras, Edna! Pude sentir um pedacinho da emoção daqui e uma saudade da infância.
Excelente. Com certeza ele vai receber onde qr q esteja, principalmente pr q a Emília vai dar uma força.
Dona Edna, está carta me fez voltar no tempo. Quanta sensibilidade! Parabéns pelo texto! Vou lê-la para minha filha, hoje com 5 anos, e que ama Monteiro Lobato.
Belo texto! Leve, cheio de poesia, encanto e doces lembranças de infâncias. Lembranças também reflexivas e críticas.
Parabéns!
Parabéns!!! Belo texto…
Carta maravilhosa! Voltei a minha longínqua infância. Amei tudo, parabéns!
Nossa que carta maravilhosa, é puro sentimento. Obrigada por compartilha tudo isso conosco.
Cartinha linda com gosto de infância. Parabéns!
Bah, que linda carta!
Nooooooossaaaaaaa que carta! Que carta!!!!!
Me senti sentada a mesa contigo e com Monteiro Lobato. Leitura gostosa demais. Parabéns!
Parabéns!
Maravilhosa escrita. Parabéns!
Não canso de ler a sua carta, Edna. Nem lhe conheço pessoalmente, mas me sinto muito próxima a você. Parabéns por escrever tão maravilhosamente bem e muito obrigada por compartilhar todo esse sentimento comigo.
Como me lembro das noites em que a minha mãe lia para mim. Me fez voltar a esse saudoso tempo. Maravilhoso!
Essa história mim faz lembra quando eu era criança é uma história muito interessante
Edna, querida, que carta tão cheia de sentimentos, recordações boas! Escrevi um comentário anterior mas esqueci de colocar o e-mail, então estou escrevendo outro. Palavras trabalhadas na delicadeza do sentir, da saudade e, por que não, um tantinho de indignação (tão eu!). Beijos, querida. Amei.
Maravilhoso, recordar é viver
Que emoção ao ler sua carta, e que reflexão bem observada em relação a Tia Anastácia. Parabéns.
Parabéns, querida!
Belíssima carta, transmite emoção em cada palavra.
Que lindo texto. Lembrei de minha avó, quando íamos passar as férias na casa dela em MG. Ela fazia chocolate quente e lia todas as aventuras da turma da Emília. Que lembrança gostosa.
Tia Edna (posso chamar de tia? me sinto mais próxima de minhas amigas da Ursene que eu tanto queria conhecer), lindo seu texto.
Muito pertinente a menção ao racismo velado daquela época.
Vou chamar de tia também!!!
Tia Edna, amei a cartinha. Parabéns!!!
Carta linda, lembrei da minha infância. Tínhamos sonhos, ilusões…
Hoje tudo é esclarecido muito rapidamente, perdeu o “encanto”…
Ler a sua Carta a Lobato Dona Edna reforça a máxima de que só escreve bem aquele que faz dos livros a sua maior a aventura. Sensibilidade e leveza ao escrever, parabéns !
Edna, sua carta é simplesmente encantadora. Obrigada por compartilhá-la conosco.
Belíssima carta!
Adorei a sua carta, Edna. Me fez recordar meus tempos de infância quando comecei a descobrir Monteiro Lobato.
Carta linda!!
Fiquei com vontade de ler a resposta, Edna! Você já recebeu a resposta? 😉
Como não se emocionar com essa mulher incrível e suas histórias mágicas?
Sou fã assumida desta escritora cheia de Luz!
Que carta linda! Tão bela que nos faz pensar que houve o encontro tão desejado entre Edna e Lobato ! Parabéns!
Lindo!!! Lembrei da minha infância, que também foi repleta das espertezas da boneca Emilia! 👏🏼👏🏼👏🏼
Woooooow Edna,
Que belíssima carta !
Eu sou francêsa e não falo bem português, mas a minha “mãe de coração” brasileira (Zaza) tentou me ensinar com a coleção infantil de Monteiro Lobato (ela comprou no Brasil a coleção completa antes de vir morar aqui na França !!!)
Eu adorei, particularmente, O Saci (que me contou histórias e folclore brasileiros) et Memórias da Emília (texto muito engraçado, contado em duas vozes contraditórias : por Emília / pelo Visconde de Sabugosa) …
Eu gostaria de ter uma avó como Dona Benta e de passar minhas férias no Sítio do Picapau Amarelo !!!
Um grande abraço ! ❤️
Que maravilha poder imaginar um encontro assim, Edna!
A literatura, como nenhuma outra forma de manifestação artística, é capaz de nos transportar e de nos fazer sonhar!
Eu viajei, e sonhei, através da leitura desta sua carta!
Parabéns!!!
Tia muito bem.Adoro o sitio do Pica Pau Amarelo,eu fico muito feliz quando leio.
Lindo texto.
Lindo o texto! Parabéns, tia! <3
Beijos,
Que carta tão linda. Emocionei. Beijos.
Parabéns pelo texto, excelente.
Linda carta, me fez lembrar os tempos de infância.
Carta linda!!! Bateu aquela saudade dos tempos que meus irmãos e eu aguardávamos ansioso a hora da leitura que a minha saudosa mãe fazia.
Ai que linda essa carta!!! Parabéns =)
Linda carta!
Carta maravilhosa. Leve. Uma delícia de leitura. Senti exatamente como se estivesse à mesa com você e Monteiro Lobato.
Que linda carta, tia!!
Ah… as mangueiras na infância e tantos outros detalhes bem gostosos descritos por ti ♥️🙂🙃
E que ótima reflexão ao final da carta (deixo-a abaixo com suas próprias palavras).
“E eu me pergunto até que ponto isso contribuiu para fortalecer a intolerância racial dos adultos de hoje. Será que as crianças negras que leram suas histórias sentiram as mesmas emoções que eu?” (Edna Cabral de Alcântara)
Lindas palavras, Edna. O imaginário de Monteiro Lobato é de saber obrigatório por diversas razões. É pelo incitar da imaginação e pela visão do nosso passado, que não devemos repetir no futuro mas que, de forma tão velada, ainda segue nos dias atuais.
O ano é 2019 mas tem muita casa brasileira com uma Tia Nastácia dentro.
Grande beijo.
Palavras incrível Edna! Uma leitura que dá prazer! Continue assim!
Parabéns, Edna! Que texto – saboroso, como os quitutes de tia Nastácia! Para a minha mãe, professora, era um novo emprego. Para mim, um novo mundo vindo da biblioteca daquele colégio ::o maravilhoso universo de Monteiro Lobato! Penso um pouco diferente. Deu voz aos que não a possuíam -negros, crianças, mulheres e até ao nosso petróleo. Ainda com ranços de preconceito, mas à luz de seu tempo, de forma revolucionária, sendo duramente criticado à época.
Parabéns, Edna! Que texto – saboroso, como os quitutes de tia Nastácia! Para a minha mãe, professora, era um novo emprego. Para mim, um novo mundo, vindo da biblioteca daquele colégio ::o maravilhoso universo de Monteiro Lobato! Penso um pouco diferente. Deu um pouco de voz aos que não a possuíam -negros, crianças, mulheres e até ao nosso petróleo. Ainda que com ranços de preconceito, mas se considerado à luz de seu tempo, de forma revolucionária, sendo duramente criticado à época.
Maravilhoso texto.Tenho certeza que essa conversa com o senhor Monteiro é o desejo de muitos , pois nós remete as nossas infâncias recheadas de aventuras como as de Pedrinho .
Depois de ler a carta eu viajei no tempo e lembrei do medo que eu sentia da cuca, mas adorava ela. Não perdia nem um capítulo, nem que fosse pra assistir de olhos fechados.
Com leveza no contar, Edna, você vai contando e atualizando Lobato. É possível perceber a intenção narrativa de pô-lo a par das coisa de hoje e do mundo. Parabéns pelo texto!
Uma linda carta Edna…me fez voltar a minha infância… onde a leitura nos levava a diversos lugares… alguns assustadores como o da Mula sem cabeça, outros com tantas aventuras, ensinamentos e emoções….confesso que gosto da Emília, a voz transgressora da turma, divertindo e atormentando a todos com uma adorável esperteza.
Lindo texto! Fez-me lembrar da infância, as tardes na biblioteca do colégio lendo não só as histórias de Monteiro Lobato como também Maurício de Souza e tantos outros. Especialmente por Monteiro há em mim um carinho imenso, não só por seus livros mas no interesse gerado em mim pelo nosso folclore tão rico, no quanto isso me influenciou e o faz até hoje, e no quanto eram regadas por suas personagens as brincadeiras de criança. Mas hoje, já adulto, realmente não há como ignorar certas problemáticas, que também eu, menino quase tão branco como Pedrinho -embora haja um pouco de Anastasia no meu sangue- , não via em minha infância. Dito isso, resta apenas uma pergunta a se fazer, com o carinho por suas obras ainda intacto por minha infância: será que, hoje em dia, não teria o Sr. Lobato escrito de outra forma as histórias de seu Sítio?
Tiago, o Visconde de Sabugosa (ou pelo menos o fui em uma peça na Alfabetização)
Parabéns a Edna Alcântara!
Sem dúvidas é um dos textos mais mágico que eu já li!
Ao longo de toda a minha leitura, escorreram de meus olhos uma grande reflexão que levarei ao longo de minha vida.
Tendo em mente a consciência que de fato, a escritora (Edna Alcântara) É uma pessoa bastante talentosa e cheia de histórias málagnificas para contar, assim como essa.
Que texto deslumbrante!
Parabéns.
Quanta lindeza tia Edna! Lendo sua carta a Monteiro Lobato, consigo me transportar a minha infância querida, quando lia e sonhava com as estórias e aventuras da turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Olhando bem, reconheço em você, a meiga e sonhadora Narizinho, a curiosa e espivitada Emília. A melhor coisa é ser criança! Melhor ainda é não deixar a criança que habita em nós desaparecer!
Prezada Edna, não há como não me sentir à mesa com Lobato e você para batermos um papo sobre ” de onde surge tanta criatividade?” Esse é um dos seus desejos que se torna do seu leitor, também. Um abraço! Luciene Aguiar.
Entre reminiscências e reinações, Edna escreve uma carta de portas abertas à imaginação. Um exercício lúdico e encantado que nos transporta para debaixo das mangueiras só para balançar os meninos e meninas que vem e voltam pra dentro da gente.