DIVULGAÇÃO SEMANAL DE ASSOCIADOS LETRART
“Ora direis ouvir estrelas”
Meditações, mandalas, astros e estrelas fazem a cabeça dessa mulher mística. Igual a Olavo Bilac, admira “A Via Láctea” que, “como um pálio aberto cintila. E ao vir o sol, saudoso e em pranto, / Inda as procura pelo céu deserto”.
Pessoa contida e impulsiva ao mesmo tempo, às vezes escancara os sentimentos. Não provoque porque é “cor de rosa choque”. Dependendo do motivo, extrapola a medida do bom senso. Chega a ser ríspida. Freud explica…
Porém, não é sempre assim.
É sim, uma pessoa singular. Doce, amorosa, emotiva, prestimosa. Amiga dos amigos. Igual a Minas Gerais, “quem a conhece não esquece jamais”.
Destemida, desenrolada e econômica. Tem a força de uma leoa.
Estudiosa, com uma sede de conhecimento ilimitada. Inteligente, leitora contumaz. Livro é o melhor presente. Educada. Simples e tranquila.
Amorosa sem ser melosa. Ao filho, dedica o amor maior. É mãe que zela, acarinha e manda. Paciente para armar quebra-cabeças e não muito para ensinar as tarefas de casa ao rebento. Também, o rebento arrebenta na preguiça.
É uma caixa de surpresas. Imaginem, houve uma época em que queria correr e participar de maratonas.
Eclética musicalmente. Curte MPB e é roqueira de coração. Gosta de dançar um forrozinho e, no Carnaval, reverência Momo.
Magra e longilínea é naturalmente elegante. Tem orgulho da Medusa tatuada na perna. Implica com o nariz, marca registrada que confere com o original, do pai.
Amiga para todas as horas.
Boa de garfo e de vinho… do Porto. Devagar, devagarinho abala uma adega. Brincadeirinha… Aprecia, apenas.
Ela e os dois irmãos são a versão moderna dos Três Mosqueteiros. “Um por todos e todos por um”.
Independente, linda, livre, leve e solta, sem muito mi mi mi…
Eis uma das minhas filhas postiças, Juliana Dobrões!
E eu dando quórum aos seus estudos astronômicos, volto ao parnasianismo de Bilac e aconselho: ame. “Pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e entender estrelas”.