Fome de solidariedade
Nestes tempos modernos somos agraciados por tanta tecnologia que mesmo não querendo somos obrigados a participar desta modernidade.
O computador e o celular passam a ser indispensáveis para a nossa sobrevivência.
Perder o celular é praticamente perder a vida. Nossos contatos e os números dos telefones já não estão no bloco antigo onde marcávamos todos os telefones.
Todos os nossos dados estão dentro de um celular e andamos como figuras sem dados e sem documentos se perdermos o mesmo.
Nossas conversas deixaram de ser presenciais e passaram para on-line.
A vida mudou drasticamente e estamos diante de um novo modelo de vida muito diferente do antigamente.
Parece que temos muitos amigos ao conferir os dados no Facebook.
Parece que não vamos ficar sem proteção amorosa pois temos o Instagram para mostrar nossas conquistas.
Parece que os filhos já não precisam mais visitar os pais, pois a chamada pelo FaceTime substitui a presença deles e dos netos.
Porém a humanidade está doente!
Doente?
Sim, doente pela falta de convívio.
Neste momento de divisor de águas ainda dá tempo de escolher entre o individualismo ou a solidariedade.
Quando jovens não damos muita importância ao companheirismo, ao afeto, a bondade, a necessidade da presença do outro em nossas vidas, porque atravessamos para o mundo virtual e individual sem perceber.
Temos a sensação de sermos eternos.
Quando chegamos no despedir da “vida” vemos o quanto precisaremos da Solidariedade.
Infeliz daquele que não fez uma poupança de amigos sinceros e solidários.
Nem mesmo o dinheiro que possamos ter será capaz de comprar este sentimento de tranquilidade e conforto.
Ao apagar das luzes só vamos querer realmente o derramar da solidariedade em nossas vidas.
O celular já estará distante e sem utilidade. Esquecido numa gaveta qualquer.
Ficaremos com o olhar vazio e sem sentido olhando para porta para ver se alguém entra e faz companhia.
Feliz daquele que puder dar e receber SOLIDARIEDADE.
Samira Camargo
Samira Aparecida de Camargo, nasceu no dia 13 de fevereiro de 1.955, em São José do Rio Preto/ SP – Brasil.
Cursou pedagogia na UNESP e psicopedagoga na FAMERP na sua cidade natal.
Mãe do Gustavo, Rodrigo e Maria Cecília.
Avó do João, Victor, Alice e Benjamin.
Uma pessoa feliz com as conquistas feitas na “vida”
Presidente e fundadora da TERTÚLIA LUSÓFONA.
Respostas de 4
Precisamos conviver mais.
É difícil conviver mas se faz necessário.
Ái, Samira querida. Vc tocou num ponto crucial…
Ando carente de tudo isso, tento como sinto e posso, fazer contato com o outro e percebo, entendo até verbalizamos que não temos o TEMPO que é senhor de si.
Estamos ocupados, correndo literalmente até sem se dar conta pra onde e se realmente é assim que se sente e administra a vida.
Se é que NÓS a administramos… bem.
Feliz de te encontrar e te ler por aqui.
fome de solidariedade. interessante.
a tecnologia ajuda muito. tenho uma filha professora que reside em Los Angeles.
ve-la pela telinha do celular é muito bom, mas não se compara à sua presença física e ao seu abraço.
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